O holandês Mike Teunissen (Jumbo-Visma) estava preparado para levar hoje o compatriota Dylan Groenewegen à vitória na primeira etapa da Volta a França em bicicleta, mas a queda do colega abriu-lhe caminho para vestir a camisola amarela em Bruxelas.
Num final verificado no ‘photo finish’, após 194,5 quilómetros de corrida cumpridos em 4:22.47 horas, o holandês de 26 anos bateu o eslovaco Peter Sagan (BORA-hansgrohe), segundo, e o australiano Caleb Ewan (Lotto-Soudal), terceiro, tornando-se o primeiro líder da 106.ª edição, no ano em que se celebra o centenário da 'maillot jaune'.
Nesta tirada com partida e chegada na capital belga, a disputa da vitória no foi condicionada por uma queda já dentro dos últimos dois quilómetros, que afastou vários velocistas ou lançadores, entre eles um dos favoritos, o holandês Dylan Groenewegen.
“Estivemos a trabalhar semanas, até meses, para trazer o Groenewegen até aqui para poder ganhar e vestir de amarelo, e a menos de dois quilómetros tudo desaparece porque ele cai. Depois, pensei: ‘ainda cá estou, estou fresco e posso tentar’. Vi toda a gente a ‘morrer’, até estava a apanhar o Sagan, e fui até à linha. É para lá do imaginável, inacreditável”, explicou o vencedor.
Mike admitiu o “dia estranho” pela perda do objetivo, e ainda precisa “de alguns dias para conseguir conceber isto”, e apontou logo à segunda etapa, que para a Jumbo-Visma é “um grande objetivo”, para poder ajudar o compatriota e chefe de fila Steven Kruiswijk a não perder tempo.
O holandês começou a época na Volta do Algarve, sempre com o objetivo de ajudar Groenewegen nos ‘sprints’, e tem tido uma temporada 2019 de alto nível, com um sétimo lugar no Paris-Roubaix, e vitórias nos Quatro Dias de Dunquerque, na Hammer Stavanger (Noruega) e na ZLM Tour (Holanda).
A primeira queda da ‘Grande Boucle’ em 2019 aconteceu a 18 quilómetros do fim e deixou marcas no dinamarquês Jacok Fuglsang (Astana), um dos favoritos, que teve de receber três pontos de sutura num sobrolho e foi conduzido ao hospital para fazer exames complementares, depois de terminar a etapa com o mesmo tempo do vencedor.
A principal fuga do dia fuga tinha sido apanhada a 70 quilómetros da meta, depois de o campeão olímpico, o belga Greg van Avermaet (CCC) ter aproveitado a iniciativa para somar os primeiros pontos na montanha e vestir a camisola das bolas vermelhas.
Os três portugueses em prova não perderam tempo na tirada, com Nelson Oliveira (Movistar) a cortar a meta em 94.º, José Gonçalves (Katusha-Alpecin) em 102.º e Rui Costa (UAE Emirates) em 120.º.
O segundo dos dois dias em Bruxelas do ‘Tour’, que pretendem homenagear o histórico Eddy Merckx, será um contrarrelógio por equipas de 27,6 quilómetros que deve começar a provocar diferenças entre os favoritos à vitória final, para já com o mesmo tempo após a chegada compacta.
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