A União Ciclista Internacional (UCI) considerou hoje preocupante a ocorrência de dois casos positivos de EPO na Astana, avançando que vai investigar a equipa cazaque, à qual pertence o vencedor do Tour2014, o italiano Vincenzo Nibali.
“Iremos abordar a equipa de modo a perceber se estão a fazer de tudo para que os corredores não recorram a substâncias dopantes para melhorar os seus desempenhos”, declarou a federação internacional, que evocou “uma situação preocupante”.
Na semana passada foi conhecido o positivo por EPO de Maxim Iglinskiy, que fez parte da equipa que ajudou Vincenzo Nibali a conquistar a amarela final da Volta a França deste ano, poucos dias depois de se tornar público o do seu irmão mais novo Valentin, que também acusou a mesma substância em agosto e, imediatamente, confessou ter-se dopado, tendo sido suspenso por quatro anos pela federação cazaque.
“Uma vez avaliada a situação, decidiremos se as mudanças que consideramos necessárias deverão ser colocadas em prática a nível interno ou se as condições deverão ser exigidas para a obtenção da licença [WorldTour], em conformidade com a Agência Mundial Antidopagem”, acrescentou a UCI.
Quanto à autossuspensão da formação cazaque, cujo diretor desportivo é Alexander Vinokourov, campeão olímpico em título e antigo ciclista com um passado polémico relacionado com doping, a entidade precisou que a decisão de aplicar uma sanção financeira pela ausência da Volta a Pequim será tomada pela comissão disciplinar.
A Astana é a terceira equipa a autossuspender-se com base nos regulamentos do Movimento por um Ciclismo Credível, que estipula que que, quando uma equipa regista dois positivos num período de 12 meses, terá de abster-se de correr durante oito dias, numa data a iniciar numa corrida do principal calendário do ciclismo mundial.
Em 2013, a Ag2r-La Mondiale falhou o Critério do Dauphiné depois de uma contra-análise ter confirmado o positivo por heptaminol de Sylvain Georges, meses depois de Steve Houanard acusar EPO, e a RusVelo abandonou o Giro dell’Appennino na sequência de um triplo positivo por Fenoterol, um medicamento para a asma.
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