A União Ciclista Internacional (UCI) queixou-se hoje da demora da Agência Antidopagem dos Estados Unidos (USADA) em entregar-lhe o relatório relativo à irradiação por doping de Lance Armstrong, sete vezes vencedor do Volta a França.
Em comunicado publicado hoje, o organismo que tutela a modalidade questiona os motivos pelos quais a USADA está a demorar tanto a enviar o processo de dopagem contra o antigo ciclista e recorda as alegações, veiculadas pela imprensa, de que a demora se deve ao facto de o processo de recolha de provas ainda estar em curso.
«A UCI não tem nenhuma razão para suspeitar que ainda não existe um dossier completo, mas a reiterada incapacidade da USADA para comunicar a sua decisão começa a preocupar-nos», assumiu o presidente, citado na nota.
Pat McQuaid recordou que «há mais de um mês» que a instituição norte-americana decidiu sancionar Lance Armstrong por um alegado recurso sistemático e continuado ao doping, com a suspensão perpétua e a desclassificação de todas as competições em que participou, entre 01 de agosto de 1998 até à sua retirada.
«Pensávamos que a USADA se tinha preparado melhor antes de tomar esta decisão. Teria sido mais útil para a USADA empregar o tempo à sua disposição durante o Tour, os Jogos Olímpicos e os Mundiais de Ciclismo para elaborar um dossier completo, em vez de fazer anúncios», acrescentou.
A UCI reconhece também a sua «estranheza» pelo facto de o organismo norte-americano ainda estar a recompilar provas contra «uma pessoa que já condenou» e revela o desejo de ver «detalhado» no relatório o porquê da demora.
Por último, a entidade velocipédica relembra que só tem conhecimento da suspensão de Armstrong pela imprensa, não tendo ainda sido notificada oficialmente pela USADA.
«Quanto mais depressa a UCI receber o processo, mais depressa poderá agir», pode ler-se no comunicado.
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