A União Ciclista Internacional (UCI) solicitou hoje a retirada da licença à Astana, que conta com o vencedor da Volta a França de 2014, o italiano Vincenzo Nibali, devido a diversos casos de doping na equipa cazaque.

Se for retirado o estatuto de equipa ‘WorldTour’ pela comissão de licenças da UCI, a Astana fica impedida de alinhar nas grandes provas internacionais, como são os casos das voltas a França, Itália e Espanha.

No início de dezembro de 2014, a Astana, comandada pelo campeão olímpico em Londres2012, Alexandre Vinokourov, viu renovada a sua licença UCI, sob determinadas condições, entre as quais a realização de uma auditoria à equipa, por parte do Instituto de Ciências do Desporto de Lausana, para avaliar a sua responsabilidade nos casos de dopagem.

“Após um exame minucioso deste relatório detalhado, a UCI acredita que o seu conteúdo justifica amplamente que este caso seja levado à comissão de licenças e que seja pedido que a licença da Astana lhe seja retirada”, indicou o organismo que rege o ciclismo mundial, em comunicado.

A UCI também sustentou a sua decisão no vulgarmente chamado ‘caso de Pádua’, sobre a investigação italiana ao médico Michele Ferrari, que foi irradiado pela Agência norte-americana antidopagem (Usada) por ter colaborado com Lance Armstrong.

“As autoridades italianas remeteram à UCI o relatório da investigação de Pádua, depois de terem sido autorizadas a divulgá-lo”, afirmou a UCI, acrescentando que estes documentos “foram enviados para a comissão de licenças”.

Caso se confirme a retirada da licença, a Astana poderá recorrer desta decisão para o Tribunal Arbitral do Desporto.

Depois do verão de 2014, a Astana foi confrontada com os casos de doping dos irmãos Valentin e Maxim Iglinskiy e do estagiário Ilya Davidenok, aos quais se juntam os controlos positivos de dois outros corredores da sua equipa de reservas, a Astana continental, entretanto suspensa pela federação cazaque.