O ciclista espanhol Alejandro Valverde (Movistar) venceu hoje a "clássica" Flèche Wallone, na Bélgica, impondo-se pela segunda vez no "muro" de Huy, onde o português Rui Costa (Lampre-Merida), campeão do Mundo, se ficou pelo 53.º lugar.

Vencedor em 2006, o murciano foi quem melhor geriu a curta e exigente subida final, batendo de forma clara o irlandês Daniel Martin (Garmin) e o polaco Michal Kwiatkowski (Omega Pharma-QuickStep), no termo dos 199 quilómetros do percurso iniciado em Bastogne e cumprido em 4:36.45 horas.

Nos 1.300 metros finais, com inclinação média de 9,3 %, Kwiatkowski tentou surpreender, mas o vencedor da Volta ao Algarve não teve força para sustentar o ataque prematuro e menos ainda para suster Valverde, que veio de trás, passou pelo polaco e por Martin e venceu com autoridade.

"Para mim, esta vitória representa muitíssimo. Nos últimos anos, estive perto da vitória, no pódio, mas não ganhei qualquer clássica. No final, tive de ser paciente, não havia espaço para passar, mas depois a porta abriu-se", declarou o espanhol.

A dois dias de completar 34 anos, Valverde sucedeu no historial de vencedores aos seus compatriotas Daniel Moreno (2013) e Joaquim Rodriguez (2013), numa corrida em que Rui Costa se viu arredado da luta pela vitória devido a um incidente a menos de dois quilómetros da chegada.

Quando o pelotão se preparava para a abordagem ao “muro” de Huy, Rui Costa viu o seu andamento travado pela queda que envolveu o italiano Damiano Cunego, seu companheiro de equipa, o espanhol Joaquim Rodriguez (Katusha) e o luxemburguês Frank Schleck (Trek) e ficou arredado da luta pela vitória, terminando a 1.44 minutos de Valverde.

Depois da vitória do ano passado, Daniel Moreno (Katusha) ficou em nono, à frente do belga Philippe Gilbert (BMC), que no domingo se impôs na Amstel Gold Race, a primeira da tríade de "clássicas" das Ardenas, que completa no domingo com a Liège-Bastogne-Liège.

A corrida foi animada desde o quilómetro 20 pela fuga do lituano Ramunas Navardauskas, o belga Preben van Hecke e o australiano Jonathan Clarke, que chegaram a ter um avanço de nove minutos (km 50). Os dois primeiros só foram apanhados a 12 quilómetros da chegada, antes da penúltima dificuldade do dia, a subida de Ereffe.

O francês Jérémy Roy ainda tentou a sua sorte a menos oito quilómetros da chegada, mas a corrida decidiu-se como previsto na terceira e última subida do “muro” de Huy.