Mathieu van der Poel (Alpecin-Deceuninck) voltou hoje a conquistar a clássica Paris-Roubaix, somando o sexto ‘Monumento’ da carreira, com um ataque a cerca de 60 quilómetros da meta.
Van der Poel, que tinha vencido no ‘Inferno do Norte’ em 2023 pela primeira vez, hoje corrida com bom tempo, percorreu os 259,7 quilómetros entre Compiègne e Roubaix com o tempo de 05:25.58 horas, deixando longe a concorrência.
O atual campeão do mundo atacou forte a cerca de 60 quilómetros da meta numa das muitas zonas de ‘pavé’ (empedrado), quando ainda seguia junto um grupo numeroso de ciclistas, e foi gradualmente, a solo, aumentando a vantagem para os perseguidores, pedalando rumo à meta daquela que é a mais emblemática de todas as clássicas, com uma velocidade média recorde na prova.
Mais atrás, o grupo de perseguidores ‘partiu’ com o passar dos quilómetros, com Jasper Philipsen, colega de equipa de Van der Poel e vencedor este ano na Milão-Sanremo, a tentar isolar-se no segundo lugar na última dezena de quilómetros, perante a tentativa de resposta de Mads Pedersen (Lidl-Trek) e Nils Politt (UAE Emirates), com Stefan Küng (Groupama-FDJ) a descolar.
Os três chegaram juntos ao velódromo, mas Philipsen foi o mais rápido no sprint e repetiu o segundo lugar que tinha conquistado em 2023, com Pedersen a fechar no terceiro posto e Politt em quatro.
Uma semana depois do terceiro triunfo em Flandres, Van der Poel, que acumula também seis títulos mundiais no ciclocrosse, terminou com três minutos de vantagem Philipsen e Pedersen, numa edição que não contou com uma dos principais rivais, o belga Wout van Aert, que falhou a corrida uma vez que recupera das lesões sofridas numa queda.
Este é o sexto ‘Monumento’ conquistado por ‘MVDP’ na carreira, segundo na atual temporada, pois para além dos dois triunfos no Paris-Roubaix, soma ainda três triunfos na Volta a Flandres (2020, 2022, 2024) e um na Milão-Sanremo (2023).
Tornou-se ainda no sexto corredor a conquistar o Paris-Roubaix com a camisola ‘arco-íris’ de campão mundial e o primeiro a conquistar a prova duas vezes seguidas desde que Tom Boonen o fez em 2008 e 2009.
O ciclista neerlandês, de 29 anos, uma das principais figuras do pelotão internacional, continua, assim, a preencher um já recheado currículo, com 49 vitórias na estrada enquanto profissional, que vai ter nos Jogos Olímpicos de Paris2024 mais um dos objetivos da época.
O português António Morgado (UAE Emirates) terminou na 87.º posição, a mais de 15 minutos do vencedor.
O próximo ‘Monumento’ do ciclismo mundial disputa-se em 23 de abril, no caso a Liège-Bastogne-Liège.
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