O ciclista italiano Vincenzo Nibali ficou hoje mais perto de revalidar o título no Tirreno-Adriático, depois de aproveitar a dureza da sexta etapa, ganha por Peter Sagan, para roubar a liderança a Chris Froome.

Só um “desastre” na crono-escalada, que terça-feira decide a classificação geral final da prova italiana, pode impedir Nibali, segundo na etapa, atrás do eslovaco da Cannondale, de repetir o triunfo conquistado na edição passada.

O líder da Astana, que na véspera tinha cedido terreno para todos os adversários, corrigiu os erros e, juntamente com Sagan e Joaquim Rodríguez, chegou isolado à meta, colocada em Porto Sant'Elpidio, o mesmo sítio de onde tinham partido 209 quilómetros antes, para conquistar uma vantagem dificilmente recuperável pelos seus adversários.

Num dia impróprio para o pelotão – que o diga Andy Schleck (RadioShack) que voltou a desistir e a fixar em dez o número de meses que leva sem terminar qualquer competição -, com um desnível de 3.000 metros ao longo da jornada e rampas de 30 por cento de inclinação e uma chuva ininterrupta, foi uma fuga de 16 homens que animou grande parte da jornada, até ao ataque final dos favoritos, que absorveram os fugitivos a 14 quilómetros da meta.

Com a linha à vista, foi Sagan o mais veloz, vencendo com o tempo de 05:46.17 horas, menos dois segundos do que Nibali e Rodríguez.

O ciclista da Astana subiu assim ao primeiro lugar da classificação geral, tendo uma vantagem de 34 segundos sobre o anterior líder, Chris Froome (Sky). Com a vitória final da Corrida dos Dois Mares praticamente entregue ao italiano, o pódio é a grande incógnita que a crono-escalada de 9,2 quilómetros em San Benedetto del Tronto vai desfazer.

Rodríguez (Katusha) é terceiro, a 37 segundos, Contador (Saxo-Tinkoff) está a 48 segundos e Michal Kwiatkowski (Omega Pharma-Quickstep) a 58.

Fora da luta estão os portugueses José Mendes (Netapp), que hoje foi 27.º na etapa, a 02.16 minutos de Sagan e subiu ao 23.º posto da geral, a 09.27 minutos de Nibali, e Sérgio Paulinho. O ciclista da Saxo-Tinkoff foi 76.º, a 18.42 minutos do primeiro, e ocupa agora a 80.º posição, a quase 50 minutos do “maglia azzura”.