O ciclista italiano Matteo Trentin (Quick-Step Floors) venceu hoje a 21.ª e última etapa da Volta a Espanha, somando o quarto triunfo na 72.ª edição, no dia de consagração do britânico Chris Froome (Sky).

Na última etapa, Trentin, que já tinha conquistado a quarta, a 10.ª e a 13.ª etapas, foi o mais rápido no ‘sprint’ final e cumpriu os 117,6 quilómetros do percurso em 3:06.25 horas, à frente do francês Lorrenzo Manzin (FDJ), segundo classificado, e do dinamarquês Soren Kragh Andersen (Sunweb), terceiro.

Depois de ter sido segundo classificado em três de seis participações, Froome, que em julho venceu também a Volta a França, concluiu a ‘Vuelta’ com 2.15 minutos de avanço sobre o italiano Vincenzo Nibali (Bahrain Mérida), segundo, e 2.51 face ao russo Ilnur Zakarin (Katusha-Alpecin), que fechou o pódio.

Froome conquistou uma 'dobradinha' inédita desde 1978, quando o francês Bernard Hinault também juntou o 'Tour' à 'Vuelta', e apenas a segunda dupla vitória em 'grandes voltas' do século XXI, depois do espanhol Alberto Contador, em 2008, ter triunfado em Itália e Espanha.

A única alteração no ‘top 10’ no último dia foi a queda para quinto do espanhol Alberto Contador (Trek-Segafredo), que hoje se retirou do ciclismo e perdeu tempo face ao holandês Wilco Kelderman (Sunweb), que subiu ao quarto lugar da geral.

O também holandês Wout Poels (Sky), ‘escudeiro’ de Froome, terminou no sexto lugar, com o canadiano Michael Woods (Cannondale Drapac) em sétimo e o colombiano Miguel Ángel López (Astana), o ciclista jovem mais bem colocado, no oitavo posto.

Em nono terminou o holandês Steven Kruiswijk (LottoNL-Jumbo), com o norte-americano Tejay van Garderen (BMC) a fechar o ‘top 10’.

Durante a tirada, destinada à consagração dos vencedores e à despedida do madrileno Contador, a correr ‘em casa’, o português Rui Costa (UAE Emirates) chegou a estar em fuga, à procura de surpreender o pelotão, que trabalhou para uma chegada compacta, ideal para os ‘sprinters’, mas o luso foi alcançado já dentro da última volta ao circuito em Madrid.

Na luta pela classificação dos pontos, a única com vencedor por decidir no último dia, Trentin ganhou o ‘sprint’ intermédio e, na meta, precisava de vencer e que Froome não acabasse nos 12 primeiros, mas enquanto a vitória do italiano foi confortável, com um ‘comboio’ da Quick-Step Floors a deixar Trentin em vantagem sobre os restantes ‘sprinters’, o camisola vermelha juntou-se aos velocistas e terminou em 11.º, somando dois pontos a mais do que o rival.

“Froome tinha-me dito que ia defender a camisola verde”, contou, no final da tirada, o italiano, que ainda assim se mostrou “muito feliz” pela conquista de quatro etapas na prova, ainda que tenha falhado a classificação secundária normalmente destinada aos velocistas.

Os ciclistas lusos não viram grandes alterações nas posições finais, com Rui Costa a cair para 43.º lugar, ao ser 150.º na derradeira etapa, terminando ainda assim como melhor português, com Nelson Oliveira (Movistar), hoje 29.º, a acabar no 47.º posto final, Ricardo Vilela (Manzana Postobon) a subir um lugar para 50.º e Rafael Reis (Caja Rural-Seguros RGA) a terminar em 132.º.

Ao todo, os portugueses estiveram por três vezes no ‘top 10’ de uma etapa, com Nelson Oliveira em quinto na oitava etapa, Rafael Reis em 10.º na 10.ª etapa e Rui Costa em quarto na 19.ª.