Uma Volta a França menos montanhosa, desenhada para ciclistas audaciosos, é a proposta da organização para a edição de 2017, que sairá da cidade alemã de Dusseldorf e terminará em Paris, onde hoje foi apresentado o percurso.
“É um percurso desenhado para os audaciosos, com setores montanhosos em todo o traçado. Pela primeira vez em 25 anos, as cinco cordilheiras montanhosas estarão presentes, com menos subidas, mas mais íngremes – sem dúvida, as mais pronunciadas da história do Tour”, descreveu o diretor da prova, Christian Prudhomme, durante a apresentação da 104.ª edição.
Entre 01 e 23 de julho, o pelotão vai percorrer 3.516 quilómetros entre Dusseldorf, onde o regresso do ‘Grand Départ’ à Alemanha, depois de 30 anos de ausência, é feito com um contrarrelógio individual de 13 quilómetros, e Paris, com a Volta a França a ‘piscar o olho’ à candidatura da capital francesa aos Jogos Olímpicos de 2024, passando no Grand Palais, um dos palcos do projeto olímpico.
O percurso, que prevê três chegadas em alto, designadamente em Planche des Belles Filles, nos Vosges (5.ª etapa), em Peyragudes, nos Pirenéus (12.ª), e no Col d’Izoard, nos Alpes (18.ª), tem menos cinco contagens de montanha (23 contra as 28 de 2016), sendo sete delas de categoria especial.
“Há uma vontade de equilibrar os maciços montanhosos, um desejo de inovar, respeitando as raízes”, assumiu Christian Prudhomme sobre o trajeto, que atravessará primeiro os Pirenéus e só depois os Alpes.
No entanto, não serão os trepadores os únicos a dispor de menos oportunidades para se evidenciar, já que também os contrarrelogistas terão menos quilómetros de exercício individual, apenas 36, um dos números mais baixos da história da competição, divididos entre o ‘crono’ da primeira etapa e os 23 da penúltima, que terminará no estádio Vélodrome, em Marselha.
O ‘menu’ da 104.ª edição dedica nove etapas aos ‘sprinters’, ignora o norte e o oeste de França, e, depois do quarto arranque em território alemão (o último datava de Berlim Ocidental, em 1987), faz escala na Bélgica e Luxemburgo, antes de rumar a França, onde a 23 de julho será coroado o sucessor do britânico Chris Froome (Sky).
Etapas da 104.ª Volta a França:
01 jul: 1.ª etapa, Dusseldorf - Dusseldorf, 13 km (CRI).
02 jul: 2.ª etapa, Dusseldorf - Liège, 202 km.
03 jul: 3.ª etapa, Verviers - Longwy, 202 km.
04 jul: 4.ª etapa, Mondorf-les-Bains - Vittel,, 203 km.
05 jul: 5.ª etapa, Vittel - La Planche des Belles Filles, 160 km.
06 jul: 6.ª etapa, Vesoul - Troyes, 216 km.
07 jul: 7.ª etapa, Troyes - Nuits-Saint-Georges, 214 km.
08 jul: 8.ª etapa, Dôle - Les Rousses, 187 km.
09 jul: 9.ª etapa, Nantua - Chambéry, 181 km.
10 jul: Dia de descanso.
11 jul: 10.ª etapa, Périgueux - Bergerac, 178 km.
12 jul: 11.ª etapa, Eymet - Pau, 202 km.
13 jul: 12.ª etapa, Pau - Peyragudes, 214 km.
14 jul: 13.ª etapa, Saint-Girons – Foix, 100 km.
15 jul: 14.ª etapa, Blagnac - Rodez, 181 km.
16 jul: 15.ª etapa, Laissac-Séverac l'Eglise - Le Puy-en-Velay, 189 km.
17 jul: Dia de descanso.
18 jul: 16.ª etapa, Le Puy-en-Velay - Romans-sur-Isère, 165 km.
19 jul: 17.ª etapa, La Mure - Serre-Chevalier, 183 km.
20 jul: 18.ª etapa, Briançon - Izoard, 178 km.
21 jul: 19.ª etapa, Embrun - Salon-de-Provence, 220 km.
22 jul: 20.ª etapa, Marselha – Marselha, 23 km (CRI).
23 jul: 21.ª etapa, Montgeron - Paris, 100 km.
Total: 3.516 quilómetros.
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