Especialista em contrarrelógio, o setubalense cumpriu os curtos 1,8 quilómetros do prólogo em 2.18 minutos e foi o único a baixar dos 2.20, marca de César Martingil (LA-Alumínios), que liderou durante muito tempo a corrida. O dinamarquês Louis Bendixen (Coop) fechou o pódio, a três segundos.

A correr em casa, Rafael Reis imitou o que tinha feito há umas semanas e, tal como no Troféu Joaquim Agostinho, venceu o prólogo e vestiu a camisola amarela.

“Era o objetivo conseguir a amarela aqui. Correr aqui, com o apoio da minha família, acho que me deu mais força”, disse.

Rafael Reis assumiu que arriscou um pouco, em especial nas duas curvas do percurso, e que “ia caindo”, mas "felizmente" vestiu a amarela.

As duas curvas mais acentuadas do percurso, ambas de cerca de 90 graus, causaram a queda de alguns ciclistas, com os principais favoritos a ‘levantarem’ um pouco o pé, o mque os fez perder alguns segundos, mas que não deverão ser decisivos na classificação geral.

Dos grandes candidatos ao triunfo final, o espanhol Gustavo Veloso (W52-FC Porto), vencedor em 2014 e 2015, foi o que perdeu mais tempo, cedendo 12 segundos para Rafael Reis.

O seu compatriota e colega de equipa Raúl Alarcón estreou o dorsal número um, de vencedor em 2017, com o 42.º posto, a nove segundos de Reis, mas apenas dois de outros candidatos, como Alejandro Marque e Jóni Brandão (Sporting-Tavira) e Vicente García de Mateos (Aviludo-Louletano).

“Era um prólogo um pouco perigoso, não quis correr muitos riscos, porque havia muito para perder e pouco para ganhar. Amanhã [quinta-feira] começamos com a corrida. As sensações são boas e vamos tentar outro dia [subir à liderança]”, disse Alarcón.

Na quinta-feira, disputa-se a primeira etapa em linha da 80.ª edição da Volta a Portugal, com 191,8 quilómetros a ligar Alcácer do Sal a Albufeira, num percurso com apenas duas contagens de montanha de quarta categoria.