A Volta ao Algarve em bicicleta arranca na quarta-feira sem nenhum anterior vencedor entre o pelotão, abrindo caminho para um novo campeão, com o italiano Fabio Aru (UAE Team Emirates) ou o esloveno Simon Spilak (Katusha-Alpecin) entre os favoritos.

O polaco Michal Kwiatkowski (Sky), vencedor em 2014 e 2018, não estará nas escolhas da equipa britânica para defender o título ou tentar um inédito ‘tri’, que também poderia estar ao alcance do britânico Geraint Thomas, colega de equipa na Sky, ou do alemão Tony Martin (Team Jumbo-Visma), também eles ausentes.

A juntar à lista de ‘faltas’ estão também o australiano Richie Porte (Trek-Segafredo), que triunfou em 2012, e o esloveno Primoz Roglic (Team Jumbo-Visma), vencedor em 2017, abrindo a porta para um campeão inédito no domingo, na chegada ao Malhão, em Loulé.

Antes da partida, um dos nomes candidatos salta à vista, o do italiano Fabio Aru (UAE Team Emirates), uma vez que é o único vencedor de ‘grandes voltas’ em prova - triunfou na Volta a Espanha em 2015.

O italiano arranca a temporada de olhos postos na Volta a Itália, depois de um 2018 em que abandonou o Giro e foi 23.º na Vuelta, mas terá pela frente vários adversários de peso, sendo que a Sky apresenta um ‘trio’ de possíveis ameaças: o holandês Wout Poels, o espanhol David de la Cruz e o britânico Tao Geoghegan Hart.

Na Katusha-Alpecin, a aposta está no esloveno Simon Spilak, que vai correr a ‘Algarvia’ pelo terceiro ano seguido, mas há também o austríaco Patrick Konrad (BORA-hansgrohe) ou o espanhol Enric Mas (Deceunick-Quick Step), segundo na Volta a Espanha em 2018 e vencedor da Volta ao Alentejo em 2016.

Dentro do pelotão nacional, a W52-FC Porto corre este ano como integrante do escalão Profissional Continental, com o vencedor da Volta a Portugal, o espanhol Raúl Alarcón, enquanto a Sporting-Tavira conta com Tiago Machado, terceiro classificado em 2016.

A suíça Katusha-Alpecin, dirigida por José Azevedo, traz duas opções lusas que podem discutir etapas e dão outras opções para lá de Spilak, com José Gonçalves e Rúben Guerreiro no lote de inscritos.

Na CCC Team corre o algarvio Amaro Antunes, que venceu na chegada ao Malhão em 2017, então pelos ‘dragões’, e fechou em quinto na geral, procurando impressionar na equipa polaca, que esta época deu o ‘salto’ para o WorldTour.

Nas chegadas ao ‘sprint’, no segundo e quarto dias, as atenções vão estar viradas para o holandês Dylan Groenewegen (Team Jumbo-Visma), que em 2018 triunfou por duas vezes.

Esta época, o corredor de 25 anos, que no ano passado venceu duas etapas na Volta a França, já ergueu os braços, na última etapa da Volta à Comunidade Valenciana, tendo como grande o francês Arnaud Démare (Groupama-FDJ).

O gaulês também venceu uma etapa no Tour 2018 e quer começar a época da melhor maneira, com nota também para os alemães John Degenkolb (Trek-Segafredo) e Pascal Ackermann (BORA-hansgrohe), ou o norueguês Edvald Boasson Hagen (Dimension Data), este último também candidato ao contrarrelógio de Lagoa.