Mauricio Moreira foi penalizado em 40 segundos por abastecimento irregular na terceira etapa da Volta a Portugal e o diretor desportivo da EFAPEL sublinhou que a equipa “jamais” pode ser penalizada “por um ato irrefletido” do ciclista.

“O Mauricio apanha duas vezes água do público dentro dos últimos 10 quilómetros. Não tem a ver com nenhum elemento ou ‘staff’ da equipa”, disse à agência Lusa Ruben Pereira.

O ciclista uruguaio foi penalizado no sábado em 40 segundos pelo colégio de comissários da 82.ª Volta a Portugal, por ter cometido duas infrações referentes a abastecimento irregular na terceira etapa.

Moreira, que foi segundo na etapa a 01.03 minutos do vencedor no alto da Torre, o espanhol Alejandro Marque (Atum General-Tavira-Maria Nova Hotel), era segundo na geral a 51 segundos do galego, mas caiu para sétimo depois de o colégio de comissários o penalizar em 20 segundos por cada uma das infrações que cometeu.

Considerando que “a penalização foi muito pesada”, Ruben Pereira defendeu que o erro do uruguaio não resulta de uma falta de comunicação dentro da equipa, “porque os atletas estão mais do que avisados”.

“Aqui trata-se de uma questão em que o atleta queria água, e recorreu ao público, inconscientemente, sem ter a noção disso. Mas jamais podemos penalizar a equipa por uma coisa de que não tem culpa. Foi um ato irrefletido individual do atleta. Nós somos uma equipa, como é óbvio não vou crucificar o Mauricio pela penalização, porque o rapaz fez aquilo inconscientemente”, afirmou.

O diretor desportivo da Efapel não vê a descida de Moreira na classificação geral como “um duro revés”, porque o corredor “não está aqui para discutir a Volta a Portugal”.

“Não é o nosso líder, não é a nossa aposta. Por isso, não é o facto de o Mauricio apanhar 40 segundos que vai interferir na tática da Efapel”, garantiu.

Ainda assim, o ciclista de 26 anos é o mais bem classificado da formação ‘amarela’ na 82.ª Volta a Portugal, uma vez que os seus companheiros António Carvalho e Frederico Figueiredo são, respetivamente, nono e 10.º na geral.

Já no ano passado, Carvalho e Joni Brandão, agora ciclista da W52-FC Porto, tinham sido penalizados em 20 segundos por abastecimento irregular na etapa da Torre.

O pelotão cumpre hoje a quarta etapa da prova rainha do calendário nacional, uma ligação de 181,6 quilómetros entre Belmonte e a Guarda.