A falta de força de Fabio Jakobsen (Deceuninck-QuickStep) permitiu hoje ao francês Florian Sénechal, habitual 'lançador' do holandês, vencer pela primeira vez numa grande volta, na 13.ª etapa da Vuelta.

Os 203,7 quilómetros, entre Belmez e Villanueva de la Serena, foram corridos de forma relativamente tranquila, mas os quilómetros finais revelaram-se caóticos, com Sénéchal a ser o grande beneficiado.

A alta velocidade imposta pela Deceuninck-QuickStep e as várias rotundas nos quilómetros finais causaram vários cortes no pelotão, com a equipa belga a ficar com quatro elementos num reduzido grupo.

Parecia estar preparada a festa da terceira vitória de Jakobsen, ainda com três colegas num grupo reduzido, mas o que parecia na altura um furo acabou por tirar-lhe a possibilidade de lutar pela vitória, deixando ao seu 'lançador' a missão de fazer o 'sprint' final.

Sem grande oposição, Sénéchal impôs-se em 4:58.23 horas, o mesmo tempo do italiano Matteo Trentin (UAE Emirates), com outro transalpino, Alberto Dainese (DSM), a fechar o pódio, já a dois segundos.

"Fizemos um trabalho perfeito para o Fabio. Eu penso que ele teve um furo. Foi uma loucura", disse Sénéchal.

Contudo, Jakobsen não teve um furo, apenas falta de força para 'sprintar', como o próprio assumiu, preferindo dar o protagonismo ao seu companheiro de equipa.

Na geral, tudo se manteve praticamente na mesma, com o norueguês Odd Christian Eiking (Intermarché-Wanty-Gobert) a segurar a liderança da corrida, com 58 segundos de vantagem sobre o francês Guillaume Martin (Cofidis), segundo classificado, e 1.56 minutos sobre o esloveno Primoz Roglic (Jumbo-Visma), bicampeão da prova.

Os cortes no pelotão apenas beneficiaram ligeiramente o colombiano Egan Bernal (Ineos), que ganhou cinco segundos à concorrência, mas continua na sétima posição, a 4.41 minutos do camisola vermelha.

Rui Oliveira (UAE Emirates) conseguiu a sua melhor prestação em grandes voltas, ao ser nono na etapa, a três segundos do vencedor, enquanto Nelson Oliveira (Movistar) foi 150.º, a 2.20 minutos.

Na geral, Rui Oliveira subiu ao 83.º posto, a 1:29.50 horas, e Nelson Oliveira desceu para 94.º, a 1:34.54.

No sábado, o pelotão da 76.ª edição da Vuelta vai disputar a 14.ª etapa, entre Don Benito e Pico Villuercas, numa tirada com 165,7 quilómetros e três contagens para o prémio de montanha, uma de terceira categoria e duas de primeira, a última das quais coincidindo com a meta.