O polaco Rafal Majka (UAE Emirates) venceu hoje a 15.ª etapa da Volta a Espanha em bicicleta, regressando aos triunfos na mesma prova em que conseguiu a última, em 2017.

Majka, de 31 anos, cumpriu os 197,5 quilómetros entre Navalmoral de la Mata e El Barraco em 4:51.36 horas, batendo por 1.27 minutos o holandês Steven Kruijswijk (Jumbo-Visma), segundo, e por 2.19 o australiano Chris Hamilton (DSM), terceiro.

Nas contas da geral, o norueguês Odd Christian Eiking (Intermarché-Wanty-Gobert Matériaux), sexto na etapa, manteve-se na frente após novo dia de alta montanha, continuando com 54 segundos de vantagem para o francês Guillaume Martin (Cofidis), segundo, e 1.36 minutos para o esloveno Primoz Roglic (Jumbo-Visma), vencedor das últimas duas edições da prova, terceiro.

Num dia em que ‘meio mundo’ quis entrar na fuga, Majka foi desde cedo o mais determinado e inamovível da frente da corrida, mesmo que tenha levado consigo um ciclista igualmente empenhado.

O italiano Fabio Aru (Qhubeka), vencedor da Vuelta em 2015, acaba este ano a carreira e procurou na frente o canto do cisne, na despedida, e por momentos parecia que a dupla com o polaco ia em frente, mas Majka tinha outras ideias e lançou-se sozinho.

Depois de um ‘solo’ até à meta de dezenas e dezenas de quilómetros, deu até tempo de ‘rolar’ a sorrir, celebrar e relaxar até confirmar a vitória, a primeira desde 2017, ano em que tinha erguido os braços pela primeira vez na Vuelta.

O polaco, que também tem três etapas na Volta a França, tem uma relação especial com a prova espanhola, já que foi aqui que foi terceiro na geral final em 2015, único pódio em grandes Voltas.

De resto, está ainda na luta pela classificação de montanha, agora a 21 pontos do líder, o francês Romain Bardet (DSM), e no final reconheceu que a morte do pai, no início do ano, foi o momento em que pensou na altura da vitória, dedicando-lhe a vitória, “aos filhos e à grande equipa da UAE Emirates”.

Mais atrás, nas contas da geral, saltou à vista um trabalho impressionante da equipa do camisola vermelha, que se defendeu da melhor forma ao ser o primeiro do grupo dos favoritos a cortar a meta, após a equipa impor um ritmo alto durante grande parte da tirada.

Exceção feita ao britânico Adam Yates (INEOS), o único dos homens da geral que conseguiu fugir, ganhando alguns segundos aos restantes, mas continuando no oitavo posto para já.

Rui Oliveira foi 100.º na etapa, caindo para o 96.º posto da geral, antes de festejar a vitória do colega de equipa no dia, enquanto Nelson Oliveira (Movistar) subiu a 91.º após ser 69.º na tirada.

Na segunda-feira, o pelotão goza o segundo dia de descanso, antes da terceira e última semana, decisiva para a classificação final da 76.ª edição da Vuelta.