O francês Romain Bardet (DSM) mostrou hoje o seu melhor nível e conquistou a primeira vitória em grandes Voltas desde 2017, ao vingar a fuga da 14.ª etapa da Volta a Espanha em bicicleta.
Bardet, de 30 anos, cumpriu os 165,7 quilómetros entre Don Benito e Pico Villuercas em 04:20.36 horas, 44 segundos mais rápido do que os mais próximos perseguidores, o espanhol Jesús Herrada (Cofidis), segundo, e o australiano Jay Vine (Alpecin-Fenix), terceiro.
Atrás dos homens da fuga, a mais de 10 minutos de Bardet, chegaram os candidatos à vitória final, com muitas movimentações mas sem mudanças de posição nos 10 primeiros, em que o norueguês Odd Christian Eiking (Intermarché-Wanty-Gobert) lidera com 54 segundos de vantagem para o francês Guillaume Martin (Cofidis), segundo, e o esloveno Primoz Roglic (Jumbo-Visma), vencedor das últimas duas edições, no terceiro posto a 01.36 minutos.
Integrado numa fuga de 18 elementos, o francês cedo mostrou ao que vinha, depois de uma queda nos primeiros dias o retirar da discussão pela vitória final, já que se mostrou combativo e atacante.
Essas ofensivas renderam-lhe pontos na liderança da classificação da montanha, numa temporada em crescendo e em que foi sétimo na Volta a Itália, na estreia em grandes Voltas pela alemã DSM, depois de toda a carreira até aqui na AG2R.
Além de assumir a classificação dos trepadores, um ataque nos últimos seis quilómetros, na escalada até ao Pico Villuercas da serra de Guadalupe, em estreia no percurso da Vuelta, valeu-lhe a vitória em etapa, em solitário, a quarta numa das três grandes provas, depois de três triunfos na Volta a França (2015, 2016 e 2017).
O gaulês, duas vezes ‘vice’ no pódio final do Tour, continua a jornada de diversificação do seu potencial, depois de anos e anos focado na ‘Grande Boucle’ e como principal figura da AG2R, conseguindo agora uma terceira vitória em etapa para a sua nova equipa, que já tinha um ‘bis’ do australiano Michael Storer.
Para trás ficaram o espanhol Jesús Herrada e um combativo Jay Vine, que sofreu uma queda grave, ao embater num carro da caravana, e ainda assim conseguiu terminar no pódio, à frente de um pelotão, que incluía os principais candidatos à vitória final, pouco importado com a fuga.
Chegaram mais de 10 minutos depois, com muitas movimentações e poucas mudanças em tempo, nenhumas em posições nos primeiros 10, e a sensação de que guardavam forças para nova ‘escalada’, no domingo.
O mais afoito foi o colombiano Miguel Ángel López (Movistar), que tirou quatro segundos aos rivais diretos, um grupo composto por Roglic, o espanhol Enric Mas (Movistar) e o colombiano Egan Bernal (INEOS).
O camisola vermelha, Eiking, chegou a 20 segundos deste grupo, mantendo a liderança mas cedendo algum terreno para os perseguidores.
Os dois portugueses em prova perderam hoje algum terreno na geral, com Nelson Oliveira (Movistar) a cair para 88.º e Rui Oliveira (UAE Emirates) para o 95.º posto, após trabalharem em prol dos líderes.
No domingo, a 15.ª etapa liga Navalmoral de la Mata a El Barraco em 197,5 quilómetros, em nova tirada de alta montanha da Vuelta.
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