O momento chave da etapa de hoje aconteceu a 11 quilómetros da meta em Albacete, com Taaramae a 'embrulhar-se' de novo numa queda, a exemplo da véspera, só que agora sem a proteção dos últimos três quilómetros, pelo que cedeu mesmo 2.21 minutos.

O francês Kenny Elissonde (Trek-Segafredo) subiu assim à liderança da Volta à Espanha em bicicleta, com cinco segundos de avanço sobre o esloveno Primoz Roglic (Jumbo-Visma) e 10 sobre o francês Lilian Calmejane (AG2R Citroen), que com ele entraram no primeiro pelotão.

No final dos 184,4 quilómetros entre Tarancón e Albacete, Jasper Philipsen (Alpecin), que já tinha vencido a segunda etapa, impôs-se no 'sprint', em 4:24.41 horas, à frente do neerlandês Fabio Jakobsen (Deceuninck-QuickStep), o vencedor da tirada da véspera, a confirmar que são os terminadores mais em forma nas estradas espanholas.

A queda que retirou a camisola vermelha a Taaramae afetou cerca de metade do pelotão, com quase todos os favoritos a escapar. O espanhol Mikel Landa (Bahrain-Victorious) foi um dos que caiu, mas conseguiu recolar ao grupo principal.

Landa continua no top-10, com todas as aspirações, tal como os colombianos Egan Bernal e Miguel Ángel López e os espanhóis Enric Mas e Alejandro Valverde - todos a menos de meio minuto de Elissonde, um trepador que já ganhou no Anglirú, há oito anos.

A etapa parecia a meio 'decalcada' da véspera, com um trio de espanhóis em fuga nas estradas manchegas, com muito vento e calor. Pelayo Sánchez (Burgos-BH), Oier Lazkano (Caja Rural-Seguros RGA) e Mikel Azparren (Euskaltel-Euskadi) eram os 'aventureiros' de uma escapada que chegou a ter oito minutos.

A fuga foi-se desintegrando, como era esperado. Primeiro, Pelayo, depois Azparren e finalmente Lazkano, este a 15 quilómetros da meta.

Tudo parecia encaminhar-se para uma chegada sem sobressaltos, de feição para a Alpecin, Deceuninck e Groupama, as equipas dos melhores terminadores, mas não foi assim e uma grande 'embrulhada' arrastou o camisola vermelha, mas também o espanhol Mikel Nieve e o francês Romain Bardet, ambos feridos na queda e a perder 12 minutos e meio, no final.

A Intermarché-Wanty-Gobert esperou por Taaramae, como lhe competia, mas só conseguiu mitigar as perdas.

Indiferentes a isso, os 'sprinters' e seus lançadores abordaram a chegada a Albacete com vento frontal, a dificultar um pouco mais a chegada.

A rolar a 65 km por hora, a Deceuninck colocou bem Jakobsen, mas isso não chegou para o 'golpe' final de Philipsen, que assim ganha pela terceira vez uma etapa da Vuelta.

Tanto Rui Oliveira (UEA-Team Emirates) como Nelson Oliveira (Movistar) entraram com o pelotão, em 24.º e 69.º, respetivamente, e com isso subiram uma vintena de posições na geral individual.

Nelson Oliveira é o 90.º, a 12.45, e Rui Oliveira o 104.º, a 14.27.

Na quinta-feira, corre-se a sexta etapa, com uma ligação de 158,3 quilómetros entre Requena e Alto da Montanha de Cullera, com a meta a coincidir com uma contagem de montanha de terceira categoria - uma subida de 1,9 quilómetros com 9,4% de desnível.