O guarda-redes André Correia assumiu hoje a crença na revalidação do título da seleção portuguesa de futsal no Mundial, rejeitando que o favoritismo confira pressão adicional, após a goleada ao Panamá na primeira jornada do Grupo E.
“Portugal logicamente que é candidato, nem que seja pelo passado recente. Temos um título a defender. O favoritismo não traz pressão, mas sabemos que temos trabalho a fazer, estar focados no nosso processo e na família que temos de ser. Eu acredito que Portugal tem uma boa dose de favoritismo e toda a capacidade de revalidar o título”, disse.
Em declarações aos jornalistas no hotel da comitiva, em Tashkent, André Correia frisou a satisfação pela estreia num Mundial, ao alinhar toda a segunda parte do embate com o Panamá, numa vitória por 10-1 que igualou o recorde de maior vitória lusa na prova.
“Todos sabemos a importância que temos no grupo. Foi a minha estreia pessoal nesta competição e sou mais um a ajudar a seleção a atingir os nossos objetivos. Estou muito contente com a minha prestação individual, mas, acima de tudo, pela prestação e pelo resultado que conseguimos obter no nosso primeiro jogo”, expressou o guarda-redes.
Nesse encontro inicial, o golo de honra do Panamá foi apontado de grande penalidade, numa falta de André Correia ‘descortinada’ pelo sistema de vídeo, com o guarda-redes a dizer que tentou evitar o contacto e entendendo que o adversário “tentou sacar o penálti”, mas desvalorizou o lance, tendo entrado Edu Sousa para a baliza na cobrança.
“Foi uma opção puramente técnica. Tem sido algo treinado pelos dois guarda-redes. O ‘mister’ optou por ser o Edu, não sei como será, mas espero que não haja mais penáltis até ao fim do Campeonato do Mundo, seja em tempo regulamentar ou no desempate. Se tiver de defender, também tenho a minha aptidão para o fazer”, apontou o jogador.
André Correia avaliou o Tajiquistão, o adversário que se segue da equipa das ‘quinas’, como “uma seleção mais difícil, aguerrida e um pouco mais organizada”, que incorpora diferentes variantes táticas, e que contará com um apoio mais ruidoso durante o jogo.
“Estávamos a abandonar o recinto e coincidimos com a entrada do Tajiquistão. Nós até ficámos um pouco chocados, pois começámos a ouvir um barulho mais ensurdecedor do que no nosso jogo. Foi quando nos apercebemos que o Tajiquistão tinha bastantes apoiantes. Acredito que voltarão a estar presentes para apoiar a sua seleção, mas já temos a nossa dose de experiência a jogar nestes palcos. É só mais um jogo”, realçou.
Portugal, que lidera o Grupo E, com três pontos, defronta o Tajiquistão, que perdeu com Marrocos por 4-2, na quinta-feira, às 20:00 locais (16:00 em Lisboa), já depois do confronto entre marroquinos e o Panamá, sendo ambos na Humo Arena, em Tashkent.
Apuram-se para os oitavos de final os dois primeiros colocados de cada agrupamento, mais os quatro melhores terceiros, num Mundial que se está a realizar no Uzbequistão.
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