Num jogo de suspense até final, depois de um empate no tempo regulamentar a dois golos, e de um prolongamento sem alterações no marcador, o jogo foi decidido nas grandes penalidades, com o Benfica a vencer (3-2), chegando ao 3-1 na final do playoff e garantindo automaticamente o título de campeão.
Os golos no tempo regulamentar foram apontados por Diogo (3') e Caio Japa (23') para o Sporting, e Xande (25') e Patias (36') para o Benfica.
No jogo decisivo deste domingo, o Sporting, sabendo que podia ver o Benfica ser campeão em sua casa em caso de vitória, surgiu com outra atitude comparativamente com o jogo de ontem onde foi derrotado por 3-1.
Os seus índices de agressividade subiram, assim como a velocidade com que fez circular a bola, o que resultou em mais situações de golo. O Benfica não diminuiu a qualidade demonstrada ontem, e perante duas equipas a este nível só se podia assistir a um grande dérbi, o melhor desta final.
O Sporting chegou à vantagem logo aos três minutos por Diogo. Alex recuperou a bola, Miguel Angelo rematou uma vez e Juanjo defendeu, Diogo tentou à segunda e a bola voltou a esbarrar no espanhol, até que esta foi parar a Diogo que o ultrapassou e levou-a até ao fundo da baliza. Estava feito o 1-0, e os leões faziam justiça à força com que entraram no encontro.
O jogo estava aberto, as oportunidades sucediam-se de parte a parte. Marcelinho acertou em cheio no poste (6'), depois foi Alessandro Patias a contornar Djô e a igualar a partida em remates ao ferro.
Nos últimos minutos da primeira parte cresceu a equipa encarnada em oportunidades. Ré, isolado, rematou para defesa de André Sousa. Depois Patias beneficiou de um livre e fez uso da sua mais valia para rematar de forma perigosa, batendo a bola violentamente na cabeça de Diogo que, assim, evitou o golo. Henmi por duas vezes testou André Sousa, mas o jogo chegou ao intervalo com a vantagem leonina por 1-0.
Na segunda parte manteve-se a nota de equilíbrio entre duas equipas que se conhecem como ninguém. Alessandro Patias surgiu como a unidade mais perigosa dos encarnados na primeira parte. Três remates do italo-brasileiro tiveram destinos diferentes: duas defesas de André Sousa, e outro a a sair ao lado.
O Sporting respondeu com um golo num lance de bola parada bem estudado. Caio Japa deixou a barreira, antes da marcação do livre, abriu na ala, e Pedro Cary a passar-lhe a bola com o brasileiro a fazer o 2-0.
O aumentar da vantagem, não intimidou os encarnados que reagiram de pronto. Bruno Coelho, rápido como sempre, recuperou a bola, deixou-a para Xande que, ao segundo poste, colocou o resultado em 2-1 (24').
Nos minutos seguintes, Juanjo brilhou ao mais alto nível travando remates de João Matos, Marcelinho e Fábio Lima. Antes já Pedro Cary tinha saído lesionado.
Quando o jogo se aproximava do fim, Alessandro Patias, que dispôs do terceiro livre neste jogo, fez jus ao ditado e marcou o golo do empate (37').
Nenhuma das equipas quis arriscar a estratégia do cinco para quatro e o jogo seguiu para prolongamento.
Na primeira parte do tempo extra, Miguel Angelo e Fábio Aguiar voltaram a fazer a baliza de Juanjo tremer com mais dois remates ao poste. O Sporting mostrou mais vontade de resolver tudo neste momento, mas não foi eficaz.
Na última etapa, o Benfica foi mais perigoso. Primeiro Patias na ala esquerda, e depois Ré de calcanhar na área, levaram o guardião leonino a aplicar-se e a evitar os golos. No último minuto, o treinador Nuno Dias arriscou tudo com Alex como guarda-redes avançado, mas sem resultados práticos. Seguiram-se os penáltis.
Nesse capítulo, os encarnados foram mais fortes. Fábio Lima falhou, e Jefferson marcou, e a festa encarnada fez-se no Pavilhão Multiusos de Odivelas. A verdade é que por duas vezes o árbitro mandou repetir grandes penalidades, depois de defesas de André Sousa, por adiantamento deste.
O que motivou muitos protestos por parte dos elementos leoninos, e até mesmo dos adeptos. Os árbitros tiveram de sair a correr perante a exaltação dos adeptos que não só lhes dirigiram palavras, como atiraram objetos para dentro da quadra.
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