Algumas centenas de fãs e familiares receberam hoje em euforia no Aeroporto de Lisboa, ao princípio da tarde, os jogadores da seleção portuguesa de futsal, que no domingo se sagraram campeões do mundo da modalidade.

Orgulhosa, Dona Ermelinda, avó do defesa Afonso Jesus, esperou logo à frente por um abraço do neto e confessou que o jogo de domingo “foi um caso sério” de sofrimento, mas “que agora já passou”.

“Foi muito difícil, mas o que interessa é que a gente ganhou e agora estão de parabéns, o meu neto e a equipa toda”, disse.

Fãs de futsal, José Rebelo de Lima e Dário vieram vestidos a rigor, com as cores de Portugal, embrulhados numa bandeira nacional, e ajudados com buzinas e uma pandeiretas para dar o ritmo.

“Estamos aqui pelos nossos amores, os nossos campeões”, declarou Dário, salientando que iria esperar a seleção ao aeroporto mesmo que no domingo tivessem ficado em segundo lugar.

“Foi muito violento ontem [domingo]. Realmente, uma final daquelas merece toda a atenção dos portugueses. Tem que ser visto como deve de ser, porque é uma emoção enorme. Rapazes tão simples, tão humildes, mas tão unidos, tão profissionais. É uma obra única”, afirmou, pelo seu lado, José Rebelo, salientando que “isto emociona”.

José Rebelo de Lima é de Braga e trouxe a pandeireta para oferecer a Ricardinho, melhor jogador do Mundial e também ele um homem do Norte, por saber que ele gosta de música, mas não houve oportunidade.

Já depois das 13:00, na saída VIP do aeroporto, jogadores e adeptos não conseguiram conter a euforia, mesmo estando previsto que não prestassem declarações no local.

A taça andou de mão em mão, foi mostrada a adeptos e familiares e até houve tempo para fotografias e autógrafos, antes da partida do autocarro para a Cidade do Futebol, em Oeiras.

A seleção portuguesa de futsal sagrou-se no domingo pela primeira vez campeã mundial, ao vencer por 2-1 a Argentina, que detinha o título, na final do Campeonato do Mundo de 2021, disputada em Kaunas, na Lituânia.

A comitiva portuguesa campeã mundial será recebida no Palácio de Belém pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, hoje pelas 15:00.

Portugal chegou a deter uma vantagem de dois golos, graças ao ‘bis’ de Pany Varela, aos 15 e 28 minutos, mas a seleção sul-americana, que defendia o título mundial conquistado em 2016, na Colômbia, reduziu por Claudino, aos 28, e manteve a incerteza até ao fim.

Portugal, que tinha como melhor resultado de sempre na competição o terceiro lugar alcançado em 2000, na Guatemala, tornou-se o quarto país a erguer o troféu, depois de Brasil, Espanha e Argentina, juntando o título mundial ao europeu, que conquistou, também pela primeira vez, em 2018, na Eslovénia.