O ala Tiago Brito desejou hoje que a seleção portuguesa de futsal sofra menos frente ao Cazaquistão no Mundial2024, comparando às meias-finais da última edição, na qual venceram no desempate através das grandes penalidades.
“É muito importante sairmos com boas sensações, à imagem do jogo contra Marrocos. Se assim for, estaremos bem com o nosso próprio jogo e significa que nós fizemos uma partida positiva e à imagem do que somos. Eu não posso assegurar que nós não vamos a penáltis, eu quero é ganhar, mas, se for possível não chegar, seria ótimo. Teremos de vencer se queremos continuar no torneio”, sublinhou, em declarações aos jornalistas.
Já na cidade uzbeque de Andijan, onde se vai realizar o encontro dos ‘oitavos’ contra o Cazaquistão, depois da fase de grupos ter decorrido em Tashkent, capital do anfitrião Uzbequistão, Tiago Brito disse que Portugal enfrenta um rival “extremamente difícil”.
“É uma seleção que sempre teve uma base muito forte do Kairat e tem automatismos, conhecem-se muito bem e muitas horas de treino e jogo. Isso é um ponto forte deles, mas Portugal tem também jogadores que, em contexto de seleção, jogam juntos já há algum tempo, o que também se torna um ponto forte nosso. Penso que Portugal está com mais capacidade neste momento da competição, e como equipa, e o Cazaquistão continua a ser na mesma uma equipa fortíssima em vários momentos do jogo”, frisou.
Tiago Brito, de 33 anos, foi o autor do penálti decisivo que deu o triunfo a Portugal e o acesso à primeira final de um Campeonato do Mundo, que viria a conquistar de forma inédita, realçando a preparação feita para os perigos do guarda-redes rival Léo Higuita.
“É uma grande mais-valia da seleção do Cazaquistão e nós reconhecemos a qualidade do Higuita. Os jogos de preparação ajudaram-nos a treinar essa situação específica, ao jogar com seleções que subiam constantemente o guarda-redes. Chegámos a esta fase da competição já muito preparados para nos podermos ajustar da melhor forma a esta situação. Creio que estamos em perfeitas condições de a defender, mas é, sem dúvida, uma característica muito especial do Cazaquistão”, analisou o ala do Sporting de Braga.
O futsalista ainda não apontou qualquer golo na fase final, mas assegurou que, se fizer zero golos e assistências, mas que Portugal é campeão do mundo, assina já por baixo, comentando ainda a polémica levantada com o duelo de domingo entre Irão e França.
“Independentemente de, logicamente, não concordar com o que se passou, acho que o nosso foco, muito mais do que este ruído exterior, tem de ser a nossa equipa e nesse jogo de quinta-feira. Iremos ter uma tarefa bem mais difícil e estas distrações não são boas para a equipa. Temos de estar mesmo muito focados e ao nosso melhor nível, em todas as capacidades físicas e mentais, e essas distrações podem ser fatais”, salientou.
A equipa das ‘quinas’ apurou-se para os oitavos de final depois de consumar um pleno no Grupo E da prova, com três vitórias em outras tantas partidas (10-1 ao Panamá, 3-2 ao Tajiquistão e 4-1 a Marrocos), tendo pela frente os cazaques, segundos no Grupo D.
O encontro está agendado para quinta-feira, pelas 20:00 locais (16:00 em Lisboa), no Complexo Universal de Desportos de Andijan, frente a um Cazaquistão que operou um empate frente à Espanha (1-1) e triunfou perante a Líbia (4-1) e a Nova Zelândia (10-0).
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