O selecionador português de futsal, Jorge Braz, afirmou hoje que Marrocos “não tem medo de ter a bola” e isso pode ser uma oportunidade a explorar no duelo da terceira jornada do Grupo E do Mundial2024.
“É uma seleção que não tem medo de ter a bola em nenhuma zona do campo. Eles são extremamente agressivos e ameaçadores do ponto de vista ofensivo. Gosto de avaliar isso como uma oportunidade para nós de trabalharmos determinadas zonas, alterar a qualidade deles a arriscar e ver se é uma oportunidade para nós”, realçou o treinador.
Com as duas seleções já qualificadas para os oitavos de final, está em jogo a liderança do agrupamento, contando ambas seis pontos, mas os portugueses estão em vantagem devido à maior diferença entre golos marcados e sofridos (+10 perante +5).
“À medida que nós vamos subindo e querendo atingir os nossos objetivos, ainda mais organizados e conscientes temos de ser. Temos de ser muito racionais, mas com uma ambição de confiar muito no que fazemos. Ter esse lado emocional de acreditar, saber quem nós somos e o que conseguimos fazer, mas dentro de uma base muito sólida de organização e de consciência do que temos de fazer no jogo”, salientou o selecionador.
Há três anos, no Mundial2021, Portugal e Marrocos defrontaram-se exatamente com o mesmo cenário em jogo, com Jorge Braz a apontar as diferenças desde esse encontro.
“Marrocos consolidou-se no panorama internacional. Viveram mais experiências e têm mais uma CAN. A confiança no jogo deles cresceu, mas continuam com uma identidade bem vincada. Também crescemos e subimos em alguns aspetos, e vencemos mais duas competições. Temos de olhar para nós e estar muito confiantes, mas Marrocos está com essa maturidade competitiva e melhoraram um bocado”, avaliou ainda o técnico.
Já André Coelho, presente também na antevisão à partida, reforçou a ideia de que não pensaram sequer na possibilidade de apenas o empate chegar para assumir o primeiro lugar do grupo e expressou que será importante Portugal “ter pernas para defender”.
“Mais do que atacar bem, teremos de ter muitas pernas para defender. Marrocos joga muito bem em ‘4x0’ e tem um pivô fisicamente muito forte, mas temos de ser Portugal a defender e pressionar muito, tentar ganhar bolas lá na frente, pois cometem muitos erros devido ao facto de arriscarem muito. Uma boa defesa vai trazer proveitos”, disse.
O selecionador e o fixo aproveitaram também para “desejar a maior sorte do mundo” e dar “um abraço de força” às seleções masculina e feminina de hóquei em patins, que vão disputar as meias-finais e final, respetivamente, dos Mundiais em que participam.
Portugal e Marrocos defrontam-se no domingo, às 17:30 locais (13:30 em Lisboa), na Humo Arena, em Tashkent, em partida da terceira jornada do Grupo E da competição.
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