“Estou totalmente satisfeito. Foram três dias de trabalho fantásticos, com um ambiente altamente positivo e encorajador para o futuro. Acho que os objetivos foram totalmente conseguidos”, refere Jorge Braz ao sítio da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).

Jorge Braz refere que os objetivos do estágio passavam por a seleção “estar novamente junta” e, “simultaneamente, acrescentar um ou outro conteúdo do ponto de vista do que é a sua identidade”, e, igualmente importante, “evitar lesões”.

“Foi interessante ver como a maioria dos jogadores chegou aqui passado tanto tempo e ainda se identifica totalmente com alguns princípios e alguns comportamentos. Isso deixa-nos totalmente satisfeitos”, acrescenta o selecionador.

Jorge Braz recorda que o regresso ao trabalho foi marcado pela integração de alguns jogadores “que já não vinham há algum tempo” e outros, como o Neves, “que veio pela primeira vez” e que representa uma geração de enorme potencial.

A seleção portuguesa tem previstos para já dois jogos de preparação com a Espanha em novembro e iniciar a qualificação para o Campeonato da Europa Holanda2022 em 2021, com jogos em casa e fora diante de Noruega, Polónia e República Checa.

Antes da realização da fase final do Europeu, prevista para o início de 2022, Portugal disputará o Campeonato do Mundo da Lituânia, em setembro e em outubro de 2021, e Jorge Braz garante que “a equipa vai estar preparada para os desafios que se avizinham”.

“A qualificação para o Europeu num novo formato, depois o Mundial e a seguir ao Europeu. São desafios que se colocam. Se é diferente e uma experiência nova para nós, gostamos disso. Gostamos destes desafios”, refere o selecionador.

O responsável adianta que a qualificação para o Europeu vai ser difícil, mas que “ambição está sempre com a seleção”.

“Com o adiamento do Mundial, temos de desmontar a ideia de que o próximo objetivo é essa competição. Vamos lá estar nesse Mundial, mas agora temos uma etapa muito importante que é a qualificação para esse Europeu, onde queremos impor a qualidade de Portugal”, adianta.

Braz pretende, na próxima temporada, estar presente nas duas fases finais e quer iniciar a qualificação no próximo ano com os seus jogadores “totalmente preparados e refinados em relação ao que é a identidade da seleção”.

“Agora teremos pela frente, em novembro, dois encontros com Espanha e, em dezembro, queremos encontrar um adversário forte e difícil. Espanha é, claramente, um desses adversários que queremos defrontar e procuraremos encontrar mais um adversário forte”, disse.

Pedro Cary, um dos capitães da equipa, não tem dúvidas que este vai ser um ano muito importante em que todos vão ter de estar ao seu melhor nível.

“Este estágio foi fantástico. Recuando um pouco e pegando nas palavras do mister Jorge Braz no final do treino de ontem , a equipa técnica ficou agradada. Quando o mister e a equipa técnica ficam agradados e satisfeitos com o nosso trabalho, é sinal que tudo fizemos e trabalhámos da melhor forma ao nível dos objetivos que a equipa técnica tinha para este estágio”, refere.

Em relação ao novo modelo competitivo, Pedro Cary considera que “é uma questão de adaptação e os atletas de alta performance têm de ter essa capacidade de se adaptar a um novo formato”.

“A seleção portuguesa é uma equipa de muita qualidade e tem-no provado ao longo dos anos. O formato não importa – importa sim a forma como o vamos encarar e certamente iremos estar preparados para o apuramento para o Europeu”, defendeu.

A seleção concluiu ontem um estágio de preparação que arrancou no domingo à noite, em que cumpriu cinco sessões de trabalho, três no Pavilhão dos Leões de Porto Salvo e duas no Pavilhão Desportivo dos Lombos.