
A selecionador iraniana de futsal feminino garantiu hoje que o véu islâmico com que as suas jogadoras se estrearam hoje no Mundial não influencia a prestação da equipa, que quer apenas aprender em Oliveira de Azeméis.
«O lenço não é importante. Estamos aqui para jogar futsal e para aprender com as outras equipas», garantiu Sharazd Mozafar.
A selecionadora iraniana admitiu que na Europa se pense que o desporto feminino não é bem visto no seu país, mas garantiu que «não há restrições a que as raparigas joguem futsal ou outro desporto, nem por parte do governo, nem por parte das famílias».
Revelando que a maioria das atletas da seleção provém das classes média e baixa, Sharazd Mozafar assegura que «os pais das jogadoras apoiam a sua prática desportiva».
«Apoiam as jogadoras, apoiam-me a mim e apoiam a Federação, além de gostarem que estas raparigas estejam na seleção nacional», afiançou a treinador, que garantiu que os seus compatriotas «estão muito orgulhosos» das jogadoras.
A seleção do Irão estreou-se hoje no Mundial de futsal feminino e venceu a Venezuela, por 2-1, num triunfo, segundo a treinadora, muito complicado.
«Foi muito difícil ganharmos três pontos neste jogo. Não sabíamos nada da Venezuela antes, a não ser que não era a equipa mais complicada que tínhamos pela frente», referiu.
Sharazd Mozafar considera que «os jogos com Portugal e com o Brasil vão ser muito mais difíceis» e, embora considere que a sua seleção «teve um bom ano», não acredita que «em um ou dois dias» seja possível «superar a distância» que separa a formação iraniana das duas outras equipas.
«Não tínhamos nenhuma experiência a este nível de futsal. O que posso dizer é que daremos o nosso melhor», garantiu.
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