Portugal continua a mandar no futsal e, depois do título de campeão europeu de 2018 e do de campeão do mundo de 2021, revalidou este domingo o título de campeão da Europa, ao vencer em Amesterdão da Rússia por 4-2 na final do UEFA Futsal EURO 2022. Uma vitória épica, com direito a cambalhota no marcador, tal como tinha acontecido na meia-final de sexta-feira, com a Espanha.
Rússia entra melhor e ganha vantagem
Tal como havia sucedido na meia-final com a Espanha, na sexta-feira, Portugal não começou bem e viu o adversário marcar primeiro. Desta feita o golo até não surgiu tão cedo como havia sucedido no encontro anterior, mas depois de ameaçar por algumas vezes a Rússia marcou mesmo.
Estavam decorridos nove minutos de jogo quando Sokolov abriu o marcar em Amesterdão após rodar bem sobre Pany Varela, com um remate enrolado a enganar André Sousa. Portugal via-se, uma vez mais, obrigado a correr atrás do prejuízo para revalidar o título. Mas foi a Rússia a dilatar a vantagem pouco depois.
Volvidos menos de três minutos, Antoshkin conduziu a bola no lado esquerdo e solicitou Afanasyev no meio, com este a bater André Sousa com um remate de pé esquerdo e tudo ficava mais difícil para Portugal. Só que a reação não tardou e, desta feita, chegou ainda antes do intervalo.
'Dejà vú' e (mais uma) 'remontada' épica
A menos de dois minutos do final do primeiro tempo, Tomás Paçó reduziu para 1-2 na sequência de um lance de bola parada, reacendendo as esperanças lusas. Portugal para a segunda parte.
E, de facto, galvanizado, a seleção nacional entrou muito melhor no segundo tempo, ameaçando por várias vezes o 2-2. A Rússia também ia criando algumas oportunidades, mas André Sousa ia brilhando na baliza lusa e foi mesmo Portugal a marcar, ainda com 12 minutos para jogar no segundo tempo, num lance feliz. André Coelho cobrou uma reposição de linha lateral e tentou solicitar um colega de equipa ao segundo poste, mas acabou por ser Putilov que, infeliz, ao tentar parar o lance, colocou o esférico dentro da própria baliza.
Agora claramente por cima no jogo, os pupilos de Jorge Braz não tiraram o pé do acelerador e chegaram mesmo ao 3-2. Épico! A nove minutos do fim, jogada fantástica do ataque português e André Coelho a bisar na partida! Zicky fez tudo bem como pivô e abriu na esquerda em Miguel Ângelo, que colocou no meio, onde o fixo do Barça não perdoou.
A Rússia tentou reagir, ainda enviou uma bola aos ferros da baliza de André Sousa, mas já nada podia tirar o título a Portugal, o segundo consecutivo de campeão da Europa e o terceiro consecutivo em grandes competições. Com o guarda-redes russo fora da baliza, Pany Varela ainda fez o 4-2, a um segundo do fim. Histórico!
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