O ala Ricardinho, a figura de proa da seleção portuguesa de futebol que vai disputar o Europeu de futsal, faz “mira” aos títulos de melhor jogador e marcador da competição, mas recusa assumir-se como o “salvador” da equipa.

“O estatuto está repartido por todos. Ainda ontem [quinta-feira] cheguei às 100 internacionalizações, já são muitos anos de seleção, mas há jogadores com muitas mais internacionalizações e estão aqui presentes”, observou Ricardinho, em entrevista à agência Lusa.

Ricardinho, o único jogador português distinguido com o troféu para o melhor jogador mundial, em 2010, atribuiu as suas características - mais ofensivas – a expectativa de que possa resolver os problemas da equipa lembrou que Portugal dispõe de mais jogadores capazes de fazer a diferença, como o ala Arnaldo e o pivô Joel Queirós.

“Acho que é mais por aí do que por ser uma espécie de salvador. Todos os que meterem golos na altura decisiva, esses sim, serão os salvadores. (...) Estamos aqui com um objetivo comum muito grande e espero que este objetivo consiga passar para dentro do campo”, explicou.

Apesar de não ter escondido que gostaria de conquistar os troféus de melhor jogador e melhor marcador da prova, Ricardinho subordinou o desempenho individual ao coletivo e, tal como o selecionador Jorge Braz, aponta para a qualificação para os quartos de final como o primeiro, mas nunca último, objetivo.

“Obviamente, vou traçando objetivos para mim também, que são tentar marcar o maior número de golos possível e fazer um Europeu melhor do que o anterior. Esses objetivos, eu traço-os, mas passam por ganharmos [coletivamente]. Se não ganharmos é difícil conseguir algo individualmente”, assinalou o jogador dos espanhóis do Inter Movistar.

Rejeitando que Portugal necessite de apagar a má imagem deixada pela eliminação nos quartos de final do último Europeu - depois de, dois anos antes, ter chegado à final -, Ricardinho qualificou de “muito importante” o apoio dos emigrantes portugueses na Bélgica, observando que os jogadores lusos vão “sentir-se em casa”.