Os campos de golfe «não têm capacidade para pagar» o IVA em falta de 2011 e sentem a sua sobrevivência ameaçada pela subida da taxa para 23 por cento, alertou hoje Christopher Stilwell, vice-presidente da Associação do Turismo do Algarve (ATA).
Apesar de um ligeiro aumento do número de voltas registado nos campos algarvios, os campos baixaram a facturação devido à decisão de incorporarem a subida de seis para 23 por cento do IVA, mas este não é o único problema do sector.
A velha questão do IVA de 2011, quando os campos taxavam a atividade a seis por cento e não aos 21 por cento que, já na altura estava em vigor, mantém-se.
«Realmente, os campos não têm capacidade para o pagar», avisou Stilwell, administrador do Oceânico Group, que avisa para o perigo de alguns campos algarvios verem em causa a sua continuação e serem obrigados a fechar.
O problema arrasta-se desde 2011. Na altura, o CNIG (Conselho Nacional da Indústria do Golfe) aconselhou os campos a tributarem a atividade ao IVA reduzido de seis por cento devido a dúvidas suscitadas em torno da matéria.
O esclarecimento tardio da questão levou a que a taxa reduzida (6 pc) fosse aplicada durante o ano de 2011 e as verbas que ainda estão em falta dificilmente conseguirão ser suportadas pelos campos.
Além disso, a subida do IVA de 21 para 23 por cento acabou por aumentar a pressão sobre os campos e os grandes beneficiados acabam por ser os países em concorrência direta com o golfe nacional.
«Beneficiam os países que, sobretudo, não têm IVA: a Turquia, a Tunísia e os países do norte de África», apontou Chistopher Stillwell, à margem do VI Portugal Masters, a decorrer até domingo no Oceânico Victoria, em Vilamoura.
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