J.J. Spaun escreveu no domingo uma das páginas mais marcantes da sua carreira ao conquistar o seu primeiro título de ‘major’, triunfando na 125.ª edição do US Open de golfe, disputada em Oakmont, na Pensilvânia, sob condições atmosféricas extremamente adversas.

O golfista norte-americano, de 34 anos e atual 25.º do ranking mundial, resistiu a uma última volta atribulada, na qual perdeu cinco pancadas nos primeiros seis buracos, para terminar a prova com um total de 279 pancadas, uma abaixo do PAR — o único jogador a conseguir tal feito nesta edição.

Com o campo encharcado e o jogo temporariamente interrompido pelo mau tempo, Spaun demonstrou nervos de aço. Terminou o percurso com uma volta de 72 pancadas (duas acima do PAR), resultado conseguido à custa de quatro ‘birdies’ nos últimos sete buracos, que compensaram os seis ‘bogeys’ registados ao longo do dia.

A consistência revelou-se decisiva frente a adversários de peso. O escocês Robert McIntyre foi o mais próximo perseguidor, terminando com 281 pancadas (uma acima do PAR), depois de uma excelente última volta de 68 (duas abaixo). O norueguês Viktor Hovland completou o pódio com 282 pancadas (duas acima).

Já Sam Burns, líder à entrada para a ronda final, viu o sonho desmoronar-se com uma desastrosa prestação de 78 ‘shots’ (oito acima), incluindo dois ‘duplos bogeys’, que o atiraram para o oitavo lugar.

Rory McIlroy, que chegou a Oakmont como vencedor do Masters e detentor de cinco títulos em majors, protagonizou uma das melhores recuperações do torneio. Subiu do 49.º para o 19.º posto com uma volta final de 67 pancadas (três abaixo), a melhor do dia, mostrando que continua a ser uma figura incontornável do golfe mundial.

Com esta vitória, Spaun inscreve o seu nome na história do US Open e ganha novo estatuto entre a elite do golfe internacional, provando que a resiliência e a calma sob pressão continuam a ser as chaves nos maiores palcos da modalidade.