Na véspera do início da 18.ª edição do Open da Madeira, no campo do Porto Santo, Miguel Sousa explicou as razões pelas quais nunca foi equacionada a possibilidade de a região autónoma avançar com uma proposta para a candidatura portuguesa.

“Acho que era insensato admitir que a Madeira pudesse ter uma Ryder Cup”, referiu o presidente da Assembleia-Geral do Clube de Golfe do Santo da Serra, explicando que a região não possui “nesta década” condições logísticas para admitir uma candidatura.

Na apresentação do projecto, a 26 de Fevereiro, o presidente da comissão de candidatura de Portugal à organização da Ryder Cup 2018, Manuel Pinho, havia referido que a Madeira não integrava a lista de cinco potenciais localizações para a realização da prova.

O Victoria (Vilamoura), Palmares, Herdade do Morgado do Reguengo, Golden Eagle (Rio Maior) e a Comporta são alguns dos potenciais candidatos a acolher a edição de 2018 da Ryder Cup, caso Portugal vença a corrida contra Espanha, França, Alemanha e Holanda.

Miguel Sousa adiantou que a região autónoma “não podia ser excluída de algo em que nunca esteve interessada” e sublinhou que a Madeira não teria condições para apresentar uma localização que cumprisse as exigências da prova.

Ainda assim, o responsável da FPG realçou o interesse da região em apostar no golfe, expresso na construção de um terceiro percurso, na Ponta do Pargo, que “deverá estar concluído no final do próximo ano”.

O projecto tem assinatura do arquitecto Nick Faldo e, quando estiver concluído, a Madeira passará a dispor de percursos com três assinaturas famosas, juntamente com as de Robert Trent Jones Jr. (Santo da Serra) e Severiano Ballesteros (Porto Santo 1).

Na calha está ainda um segundo campo no Porto Santo, igualmente desenhado por Severiano Ballesteros, embora a sua construção aguarde “por uma oportunidade” e pela rentabilização dos investimentos na ilha.

Miguel Sousa admite que, no futuro, a prova venha a rodar pelos dois campos já existentes (Santo da Serra e Porto Santo): “Podemos admitir que venha a alternar, não em anos seguidos, mas talvez dois ou três anos num campo e no outro”.

O golfe continua a ser um dos principais cartazes da região e a aposta na modalidade continua a estar no topo das prioridades das autoridades regionais.