O golfista português Ricardo Melo Gouveia cedeu hoje na corrida pelo título, mas mantém-se no ‘top-20' do Portugal Masters, que termina domingo no Dom Pedro Victoria Golf Club, onde Ricardo Santos falhou a qualificação para a última ronda.
Melo Gouveia, que concluiu a segunda volta a três ‘shots' do trio de líderes, fez hoje uma exibição isenta de ‘bogeys' (uma pancada acima do par), mas também não conseguiu concretizar várias oportunidades para ‘birdie' (uma abaixo), o que resultou num cartão de 70 pancadas, para um total de 203 ‘shots' (-10).
Após uma terceira ronda com um único ‘birdie', no buraco 12, o profissional português desceu do oitavo para o 19.º lugar e parte para a derradeira volta a nove pancadas do líder, o australiano Lucas Herbert, que soma 194 pancadas (-19).
“Não entrei tão bem no jogo. Tive umas saídas erráticas no início, mas, ainda assim, consegui recuperar bem e fazer o par, o que por vezes é bom quando estamos neste ‘rough' mais alto. Depois, a meio dos primeiros nove buracos, comecei a jogar melhor e nos segundos nove joguei bastante bem. Só não ‘patei' tão bem e os ‘putts' bons não quiseram entrar. Essa foi a diferença entre a volta de hoje e de ontem (sexta-feira)", descreveu.
Apesar de a ronda de hoje não ter sido tão produtiva, Ricardo Melo Gouveia continua seguro do seu jogo e determinado em tentar superar o quinto lugar alcançado em 2017, a melhor classificação de sempre de um português no evento dotado de dois milhões de euros.
“Sinto que joguei bastante bem ontem (sexta-feira) e hoje, até melhor do que no primeiro dia. Só preciso de meter os tais ‘putts', que é o que faz a diferença neste campo. Para fazer melhor que no ano passado, tenho de realizar uma grande volta amanhã (domingo), mas, se continuar como tenho jogado e metendo os ‘putts' como ontem (sexta-feira), sinto que tenho boas hipóteses de fazer esse quinto lugar ou melhor", defendeu.
Além de ambicionar melhorar a classificação no Portugal Masters, Melo Gouveia necessita de um bom resultado no evento português por forma a deixar o 132.º lugar da ‘Race to Dubai' e integrar o ‘top 100’, de forma a garantir a manutenção do cartão do European Tour para 2019.
Situação bem distinta é a de Ricardo Santos, que, além de não ser membro do Circuito Europeu e ter acedido ao Portugal Masters através de ‘wild card', teve uma terceira volta menos feliz - cinco ‘bogeys’ (13, 18, 4, 7 e 8) e um ‘birdie' (17) -, para um terceiro cartão de 75 e um agregado de 213 pancadas (+4), ficando assim fora do duplo ‘cut', que apurou os 72 primeiros e empatados para a derradeira ronda.
“Não esperava esta regra e estava perto da linha do ‘duplo cut', por isso, obviamente, que foi uma tensão adicional", confessou o algarvio, revelando ter corrido "tudo mal" na terceira volta.
Ricardo Santos reconheceu que esteve “mal no ‘tee' e nos ‘greens', com muitos ‘putts' a roçar o buraco e a não entrarem”.
“A verdade que é não entrei bem, foi sempre uma bola de neve e não consegui recuperar o jogo até ao final", finalizou Ricardo Santos.
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