Ricardo Melo Gouveia e Tomás Silva terminaram hoje longe da melhor prestação de sempre de um português no Portugal Masters em golfe, mas mostraram-se satisfeitos com as respetivas participações.
Melhor português de sempre no ‘ranking’ mundial (119.º), Melo Gouveia, atual 123.º, terminou a prova entre os 31.os posicionados, com um total de 279 (cinco abaixo do par), enquanto o amador Tomás Silva, que chegou pela primeira vez às rondas finais, foi 68.º, com 287 (três acima), ainda longe do 16.º lugar de Ricardo Santos em 2012.
Antes de voltar ao Challenge Tour, no qual ocupa o segundo posto e aspira ao lugar cimeiro, Melo Gouveia considera que a participação no torneio de Vilamoura também serviu para preparar a subida ao primeiro escalão europeu, já assegurada.
“Sem dúvida, é sempre bom vir a estes torneios para aprender com os melhores e para saber o que é preciso trabalhar”, disse Melo Gouveia, que considera que este resultado “dá confiança para as próximas semanas para conseguir acabar a época como número um do Challenge Tour”.
Numa volta difícil, em que cometeu dois ‘bogeys’ na primeira parte, Melo Gouveia conseguiu recuperar e terminou a sua participação com dois ‘birdies’ nos buracos finais.
“Ter acabado com dois ‘birdies’ foi muito positivo. Não só isso como ter dado a volta ao jogo, depois de ter estado acima do par, é muito bom. Estou muito contente e dá-me muita confiança para as próximas semanas”, referiu.
Na semana em que completou 23 anos, o amador Tomás Silva passou pela primeira vez um ‘cut’ no European Tour, algo que não o surpreendeu.
“Treinei para estar aqui em grande forma, treinei não só nas semanas anteriores, mas no verão todo”, disse.
Para o tricampeão nacional amador lamentou não ter mantido o nível nas duas últimas voltas, mas considera que “foi uma boa experiência, uma boa semana”, pois “é bom andar com os melhores da Europa e do mundo”.
“Eu sonho andar aqui no meio destes jogadores todos e sei que, não estando ao nível deles, mas fazendo o meu jogo, posso estar aqui. Sei que tenho de crescer muito (...).É simplesmente fantástico estar no meio destes jogadores, da multidão, dar bons ‘shots’ e ouvir palmas, às vezes não dar bons ‘shots’ e ouvir aquele ‘uuuh’. Foi uma semana muito divertida. Embora tenha jogado mal ontem [sábado] e hoje, foi muito engraçado e saio daqui com um sorriso nos lábios”, referiu.
Ainda amador, o estudante de gestão garante que vai manter esse estatuto em 2016, podendo no ano seguinte dar “o salto para profissional”.
Ricardo Santos, Tiago Cruz, João Carlota, Pedro Figueiredo, Filipe Lima e o amador Vítor Lopes não tinham passado o ‘cut’.
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