O selecionador nacional de hóquei em patins, Luís Sénica, garantiu que o trabalho que tem sido desenvolvido na modalidade vai permitir a Portugal regressar às grandes conquistas internacionais. O antigo treinador do Benfica fez um balanço positivo do Mundial 2013 em Angola, e assumiu que a Argentina foi um adversário muito difícil.

Em entrevista ao jornal i, o técnico português falou da sua passagem pelo Benfica, dos títulos conquistados na Luz, e do novo desafio de levar a seleção nacional de regresso aos títulos internacionais.

«Temos estado perto, já estive muito perto de o conseguir a nível europeu. A nível mundial temos ficado afastados da disputa da final mas parece-me que este Mundial de Angola fica aquém das nossas expectativas, não pela qualidade do que a equipa produziu, não pela competência na pista, mas porque não conseguimos atingir a final. Não me parece que tenha sido por demérito, existiram alguns factores que não nos permitiram chegar lá. Mas é preciso reconhecer que a Argentina foi um opositor muito forte e extremamente motivado. Acho que em breve os títulos voltarão à selecção sénior, é isso que me motiva e faz respirar o dia-a-dia do hóquei em patins, é para isso que trabalho», afirmou o treinador ao jornal i.

«Portugal tem feito um trabalho muito importante na formação de novos jogadores, parece-me que neste momento as novas gerações dão sinais de excelência ligeiramente superiores ao que os nossos adversários manifestam. Está reunido aí um dos primeiros requisitos para o sucesso. A partir daí é trabalho, trabalho e mais trabalho», acrescentou Sénica sobre o trabalho que tem sido desenvolvido na formação de jogadores em Portugal.

«Há uma evolução clara e exponencial na metodologia do treino, há uma melhoria da qualidade dos nossos jogadores e treinadores. Não tenho dúvidas dessa evolução, os resultados da época anterior, as presenças nas finais dos clubes portugueses na Taça CERS, as boas respostas que demos em termos de selecções nacionais, confirmam essa ideia. Estou em crer que o hóquei deu um salto de qualidade, tem espaço e condições de continuar a evoluir, é preciso que possamos perceber que não podemos parar o nosso trabalho e a vontade de fazer mais e melhor», sentenciou Luís Sénica sobre a evolução da modalidade em Portugal.