Após a vitória sobre o Brasil, por 8-3, que permitiu à selecção portuguesa obter o terceiro lugar no Mundial de Pontevedra e Vigo, Sénica comentou duramente a arbitragem e disse que "comportamentos cirúrgicos" impediram Portugal de ganhar o título.
"Já sofri muito e já fui muito armadilhado. Houve comportamentos cirúrgicos que destabilizaram mentalmente a nossa selecção. É urgente mudar. São urgentes mentalidades de futuro. Peço um 25 de Abril nas mentalidades que dirigem internacionalmente o hóquei", acrescentou.
Visivelmente zangado o seleccionador nacional não falou da provável saída para o Benfica, mas despediu-se da selecção e da Federação de Patinagem de Portugal com sentimento de "dever cumprido".
"Saio tranquilo e orgulhoso. Sou um homem de coragem. Foram 11 anos aqui e peço agora para deixarem o hóquei crescer. Neste mundial, jogámos com uma equipa que desceu de divisão (Estados Unidos) e defrontámos depois equipas que estão a evoluir muito", lembrou seleccionador português.
Sénica louvou o comportamento dos seus jogadores durante toda a competição e questionou a forma como o comité organizador do Mundial escalou os árbitros.
"Faz algum sentido termos quase sempre sido arbitrados por espanhóis? É preciso mudar", concluiu.
O chefe da comitiva portuguesa, Paulo Rodrigues, aplaudiu o trabalho de Sénica durante os últimos 11 anos e disse que muito do que o hóquei português tem evoluído se deve ao trabalho do agora ex-seleccionador.
"Espero que os caminhos de Luís Sénica e da FPP se voltem a cruzar em breve. Agradecemos tudo o que ele fez pelo hóquei em patins em Portugal", disse o responsável.
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