A mãe e a irmã de um jogador júnior de hóquei em patins acusam um árbitro internacional de as ter agredido a murro e pontapé, na terça-feira, após um jogo no pavilhão do Grupo Dramático de Cascais.
Contactada pela Lusa, a mãe do jogador, que preferiu não ser identificada, disse que tanto ela como a filha tiveram de receber tratamento hospitalar e apresentaram queixa junto da Polícia de Segurança Pública (PSP) de Cascais por agressões e injúrias.
«Fui tentar questioná-lo e, já no corredor de acesso aos balneários, veio na minha direção e deu-me um murro na cara com uma bola de hóquei na mão. A minha filha veio em meu auxílio e foi agredida com pontapés na perna», contou a mãe.
Segundo a Associação de Patinagem de Lisboa (APL), o árbitro seu filiado, João Paulo Nunes Romão, também apresentou queixa e recebeu tratamento no hospital.
«Lamentamos que isto tenha acontecido, pois vai contra os valores do desporto, como o respeito, que nós defendemos. Será aberto um processo de averiguações para depois o conselho de disciplina tomar as devidas ações», disse à Agencia Lusa, o presidente da APL, Luís Nascimento, acrescentando que o árbitro também recebeu assistência no hospital.
«Não compreendemos nem sabemos o que é que ele foi lá [ao hospital] fazer, pois nós nem sequer tivemos tempo para responder às agressões», afirmou a irmã do jogador.
As alegadas agressões aconteceram após o final do jogo de hóquei em patins entre os juniores dos salesianos do Estoril e do Grupo Dramático e Sportivo de Cascais para a taça da Associação de Patinagem de Lisboa, que decorreu na noite de terça-feira. A PSP foi chamada ao local e tomou conta da ocorrência.
O presidente da Associação de Patinagem de Lisboa deixou ainda críticas à organização do jogo.
«Os responsáveis pelos clubes também têm de assumir as suas responsabilidades e de começar a criar todas as condições de segurança nos recintos desportivos. Não pode ser possível que alguém do público saia da bancada e entre em vias de facto com os intervenientes do jogo numa zona restrita a árbitros, jogadores e dirigentes», criticou Luís Nascimento.
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