O presidente da Federação Angolana de Patinagem, Carlos Alberto Jaime, aponta a melhoria da melhor classificação conseguida por Angola, um sexto lugar, como o objetivo para a o Mundial de hóquei em patins, que pela primeira vez chega a África.
Em entrevista à Angop, na qualidade de Coordenador da Comissão Executiva para o campeonato do mundo, de 20 a 28 de setembro em Luanda e Namibe, Calabeto admitiu que a selecção beneficiou durante a preparação de condições necessárias e deixou indicadores importantes, nomeadamente o inédito terceiro lugar na Taça das Nações em Montreux.
Entretanto, alertou que «numa competição do nível do campeonato do mundo há outros factores que podem, no ponto de vista da obtenção de resultados, influenciar, tais como o estado psíquico da seleção, a interação com o público».
O coordenador do Cohóquei acrescentou: «É fundamental o apoio do público e com sorte também, pode-se, passo a passo, vencer etapas para chegar ao objectivo preconizado».
Contudo, questionado sobre a eventualidade de um “milagre”, Calabeto afirmou que «o milagre depende muito também do factor sorte». «Temos de ter em conta que em 2011 Moçambique, que era uma seleção pouco referenciada, teve um desempenho bastante positivo no mundial de San Juan, na Argentina, alcançando o quarto lugar», recordou.
«Quer dizer que tudo é possível. E se tivermos em conta o fator sorte, o aspecto psicológico e pouca pressão a nível da própria seleção, poderemos alcançar resultado histórico a nível dos Mundiais».
No seu prognóstico, o presidente da FAP colocou quatro nações num primeiro grupo de potenciais candidatas (Portugal, Espanha, Argentina e Itália). Depois, segundo o seu alinhamento, um segundo grupo onde se insere Angola, Brasil, Suíça, Moçambique e França, mas sem deixar de lembrar também seleções do nível do Chile e Alemanha. De acordo com o entrevistado, teoricamente do primeiro grupo sairá o campeão, mas reconhece que no desporto, nem tudo o que do ponto de vista teórico se concebe se torna uma realidade dentro do campo.
A respeito da preparação, Calabeto disse que o Comité organizador do mundial e a federação criaram as condições possíveis para que a campanha de Angola fosse um êxito durante o mundial.
«Os resultados falam por si», afirmou destacando o terceiro lugar na Taça das Nações em Montreux, e o triunfo no torneio internacional José Eduardo dos Santos.
«Penso que, do ponto de vista logístico e desportivo, foram criadas condições para Angola alcançar bons resultados».
Na primeira fase do torneio, a seleção nacional defronta sucessivamente a África do Sul, Chile e Portugal, no Grupo C, onde apenas os dois primeiros seguem na disputa do título.
Na chave dos quartos-de-final, este grupo cruza com o B, formado por Itália, Moçambique, Colômbia e EUA.
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