A prova de todo-o-terreno 24 Horas de Fronteira, que decorre no fim de semana, contará pela primeira vez com a participação de uma equipa inclusiva, que inclui o ciclista paralímpico Telmo Pinão.
“A hipótese de participar na prova surgiu numa conversa de amigos. Já era para ter participado em 2019, mas parti uma clavícula numa prova de ciclismo, em 2020 não houve. Este ano, cá estou. Acredito que vai ser uma experiência fantástica”, disse o paraciclista à agência Lusa.
Telmo Pinão, que participou nos Jogos Paralímpicos Rio2016 e Tóquio2020, garantiu ser “um apaixonado pelos desportos motorizados” e assumiu que a participação no rali Dakar “é um sonho de vida” que ainda espera concretizar.
Aos 42 anos, e 19 depois de ter perdido a perna direita num acidente de quad, Telmo Pinão explica que a participação na 23.ª edição das 24 Horas de Fronteira tem uma vertente social e de inclusão muito importante.
“Corremos por uma causa: queremos angariar fundos para comprar uma ‘handbike’ para a APCA (associação de ciclismo adaptado)”, disse, acrescentando: “A vertente da inclusão é importantíssima. Estamos a ser todos muito bem recebidos”, afirmou.
Além do piloto Telmo Pinão, integram a equipa os navegadores João Luz e André Venda, ambos deficientes motores, e ainda Ludgero Santos, Nuno Neto e Ivo Monteiro.
O carro, um Buggy Astra GTC, sofreu ligeiras adaptações para permitir a inédita participação de pessoas com deficiência na prova, que começa na quinta-feira, com as verificações, e termina no domingo.
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