A Associação Hípica e Psicomotora de Viseu assinou, esta quinta-feira, um protocolo com o Clube Desportivo de Tondela com o intuito de aumentar o número de adeptos da modalidade e, no futuro, criarem uma equipa de competição no hipismo.
“Uma sinergia que passa a haver aqui é a capacidade de haver mais pessoas a conhecerem o trabalho que se faz aqui”, admitiu um dos diretores da Associação Hípica e Psicomotora de Viseu (AHPV).
Diogo Henriques destacou, no momento da assinatura do protocolo com o Clube Desportivo de Tondela (CDT), que “uma das coisas boas que o futebol tem é que chega às massas e nas massas existem pequenos nichos e pequenos interesses que não conseguem ter informação e o futebol é o veículo de entrada, mas não é o único veículo”.
Uma ideia partilhada pelo presidente do CDT, que, ao associar-se a esta associação, que é uma Instituição Particular de solidariedade Social (IPSS), está a acrescentar uma prática desportiva ao clube do concelho, que vive paredes meias com o Centro Hípico Montebelo, em Farminhão, na União de freguesias de Boa Aldeia, Farminhão e Torredeita, no concelho de Viseu.
“É uma realidade. O Tondela passa a ser também pioneiro e é o primeiro clube da I Liga do futebol profissional, penso eu, mas pelo conhecimento que tenho, será o primeiro clube a estar ligado ao hipismo”, congratulou-se o presidente.
Gilberto Coimbra considerou que “as duas partes têm a ganhar com este protocolo” e com o início “para breve” do centro de estágios já anunciado para Nandufe, no concelho de Tondela, “pode haver um entendimento com futebol para lá e cavalos para cá”.
“A ideia é haver reciprocidade e não só o clube emprestar o nome à associação, como a associação emprestar o nome ao clube. É mais uma prática desportiva que o clube vai ter e, tenho a certeza, que vai ser bom para o concelho, vai ser bom para a terra”, considerou.
Presente na cerimónia de assinatura do protocolo esteve um atleta de hipismo natural de Tondela que participa em competições nacionais e internacionais, António Matos de Almeida, que, no entender do presidente do clube, é também uma mais-valia.
Atualmente, a AHPV faz “mais de 100 sessões de equitação terapêutica com crianças com necessidades especiais” e, agregada a esta componente social, tem o lado desportivo que conta com “mais de 60 alunos” da região.
Diogo Henriques contou que a componente social chega a crianças de todo o distrito, embora o lado desportivo esteja praticamente concentrado nos concelhos de Viseu, Tondela e Santa Comba Dão, dada a proximidade do centro hípico, mas, agora, o objetivo é “ter uma forte presença de equitação na região”.
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