Joel Rodrigues é, apesar dos seus 18 anos, um valor seguro do bodyboard nacional, tendo-o provado com a conquista do título nacional em 2022 superiorizando-se à concorrência em Peniche, num contexto competitivo complicadíssimo em que oito homens podiam ter conquistado a camisola verde.

Para 2023, o discurso do atleta do Clube Naval Povoense é claro e tranquilo: “Quero repetir o título e voltar, pelo menos, a vencer duas etapas. O ano passado venci em Leça e Peniche. Este ano queria uma época a papel químico da anterior. Quais quero vencer? Isso é irrelevante, não tenho preferências.”

Questionado acerca dos principais rivais para este ano, Joel foge a nomear alguém, recordando o que se passou em 2022: “Há muita gente com capacidade de conquistar o título, basta ver o que aconteceu o ano passado em que, à última etapa, tivemos oito candidatos. Isto diz bem da qualidade e competitividade do Nacional, mas isso é que é bom.”

Por seu turno, a campeã Filipa Broeiro, de 21 anos, não é tão assertiva na sua ambição, mas deixa entre linhas o que pretende para 2023: “Não tenho grandes expectativas para este ano que não dar o meu melhor. Sei que se o conseguir, coisas boas vão acontecer. E depois, em paralelo, quero mostrar um bodyboard mais progressivo em competição.”

Relativamente ao circuito na sua globalidade, a bodyboarder do Ericeira Surf Clube elogia: “Achei excelente termos cinco etapas, mais uma que o ano passado, e também gostei muito de ter uma prova em Sintra. Porque sou local da Praia Grande e porque tenho muito boas recordações competitivas ali [Filipa foi vice-campeã do Sintra Portugal Pro, etapa do Mundial em 2021]”

Falando especificamente do arranque do circuito, na Figueira, a campeã já é menos entusiástica:  “Se for no Cabedelo, é uma onda um pouco desafiante para o meu estilo pois, por vezes, consegue ser um pouco mole e de difícil leitura. Mas gostava que tivéssemos sorte e apanhássemos o verdadeiro Cabedelo da Figueira da Foz.”

O presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes, também vê com agrado o regresso do CNBBCA à “rainha da Costa de Prata”: “Receber na Figueira da Foz a 1ª Etapa do Circuito Nacional de Bodyboard é, sem dúvida, muito prestigiante. Temos acompanhado o crescimento da modalidade nas nossas praias, o bodyboard é uma atividade que está a ganhar cada vez mais adeptos e ser a cidade escolhida para o arranque do circuito é, para todos os figueirenses, uma grande alegria.”