A atividade desportiva no pavilhão Cidade de Viseu está suspensa até que seja encontrada uma solução para o piso, depois de um atleta ter sofrido ferimentos durante um jogo de futsal, disse hoje o presidente da autarquia.
“Os serviços já avaliaram. De facto, há umas partes do piso que estão degradadas”, admitiu Almeida Henriques aos jornalistas, depois da reunião de Câmara.
Segundo o autarca, “essa degradação não terá a ver só com a utilização desportiva”, mas também “com a permanente mobilização das tabelas de basquete que, sendo muito pesadas, acabam por levar a uma degradação mais rápida do piso”.
Há dois anos, este piso tinha beneficiado de uma renovação que custou cerca de 30 mil euros.
Almeida Henriques referiu que “o pavilhão não pode ser usado até esta questão estar solucionada”.
“Não podemos por em risco a saúde dos nossos atletas. Os nossos serviços, por orientação minha, identificaram já dois caminhos: a colocação de um piso novo ou a compra de um desses pisos portáteis que são usados em campeonatos e torneios internacionais”, avançou, acrescentando que ainda hoje espera receber informações dos serviços “para deliberar, com caráter de urgência”.
O autarca contou que tem “mantido um contacto permanente com o Viseu 2001”, para que o clube arranje “uma solução alternativa enquanto não estiver resolvida esta questão”.
O acidente ocorreu no domingo, durante um jogo de futsal, tendo o atleta ficado com uma farpa de madeira de grandes dimensões espetada numa perna.
Na opinião de Almeida Henriques, “poderá ter havido algum facilitismo” dos serviços camarários responsáveis pelas infraestruturas, mas “a verdade é que também há um árbitro da partida, intervenientes que, ao terem-se apercebido do assunto, deviam ter de imediato notificado”.
“Haverá aqui uma repartição de responsabilidades entre o meu responsável dos equipamentos desportivos e quem iniciou o encontro não se apercebendo de que as coisas não estavam nas devidas condições”, acrescentou.
Almeida Henriques lembrou que o pavilhão tem 25 anos e muitas deficiências estruturais e, por isso, logo no início do seu mandato negociou “um prazo mais longo” para a autarquia ficar “com o direito de comodato do espaço”.
“Logo na altura mandámos fazer um projeto, que está praticamente concluído, que vai levar a um concurso público de remodelação daquele espaço”, realçou.
O autarca reiterou que as obras serão aproveitadas para criar no pavilhão a Casa do Desporto, “com espaços para alojamento de clubes, salas de formação e uma sala de reuniões”.
“O pavilhão vai sofrer obras de grande vulto, que eu espero lançar no início do próximo ano, se estiver em funções”, acrescentou o também recandidato à presidência da autarquia.
Em comunicado, o Viseu 2001 informou que o jogo do campeonato nacional da segunda divisão de futsal de domingo, frente ao Juventude de Gaia, vai realizar-se no pavilhão do Fontelo.
“O clube continua com enormes dificuldades ao nível do treino quer da equipa sénior, quer dos escalões de formação”, refere, acrescentando que aguarda uma decisão da autarquia relativamente à recuperação do pavilhão.
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