Portugal vai apresentar uma equipa de 13 canoístas nos Mundiais de canoagem de Racice, na República Checa, de 24 a 27 de agosto, nos quais o bicampeão da Europa Fernando Pimenta vai tentar um inédito título em K1 1000.
O atleta limiano, quinto no Rio2016, tem como melhor desempenho mundial o bronze em 2015, em Milão, Itália, mas o estatuto conquistado com a consistência de pódios na elite internacional e a forma concludente como foi campeão da Europa a 15 de julho em Plovdiv, Bulgária, deixam antever um novo marco na sua carreira.
“O Campeonato do Mundo é a prova mais importante da época e foi para ele que nós apontamos todas a nossa preparação, com o objetivo dos atletas chegarem lá na sua máxima forma”, disse à Lusa o diretor-técnico nacional Ricardo Machado.
Na equipa masculina, destaque ainda para o regresso do K2 1000 Emanuel Silva/João Ribeiro, a melhor tripulação lusa nos Jogos Olímpicos, com o quarto lugar, e que tinha falhado esta distância nos Europeus pelo facto do horário cair muito em cima do prioritário K4 500, no qual têm a companhia de David Fernandes e David Varela.
Depois de perder Fernando Pimenta, que agora faz apenas K1, o K4 500, reforçado por David Varela, teve estreia muito promissora nos Europeus, com o sexto lugar.
Nas canoas, Hélder Silva e Nuno Silva falharam a final de C2 1000 nos Europeus, mas agora, com mais um mês de trabalho conjunto, têm nova oportunidade, embora a concorrência seja maior.
No setor feminino, Teresa Portela vai fazer K1 200 e 500 e integra ainda o K4 com Joana Vasconcelos, Francisca Laia e Márcia Aldeias, que substitui Maria Cabrita, que no Europeu ajudou a levar a tripulação à final, na qual foi nona.
No K2 500, Joana Vasconcelos vai ter a companhia de Francisca Laia (competiu com Portela nos Europeus), com quem foi medalha de prata em K2 200 em Plovdiv, em distância não olímpica.
De registar ainda a inclusão na comitiva de Beatriz Barros e Márcia Faria, que vão estrear as canoas femininas lusas em mundiais, ao abrigo de um programa de desenvolvimento feminino da federação internacional tendo em conta a sua inclusão no próximo programa olímpico.
“Apesar de encararmos esta prova com muita ambição, neste primeiro ano do novo ciclo olímpico, para além dos resultados desportivos, interessa também testar novas embarcações e soluções, que nos permitam optar no futuro pelas embarcações e atletas que nos deem mais garantias de apuramento olímpico e os melhores resultados possíveis em Tóquio 2020”, completou Ricardo Machado, também vice-presidente da federação.
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