O treinador Rui Fernandes pegou numa equipa que não conseguia entrar em finais e num ano levou-a até ao apuramento olímpico, tendo assumido que faz com o K4 500 uma “perfeita equipa de cinco”.

“Eles foram uns autênticos heróis. Se não fossem unidos, uma equipa, um só, seria muito mais difícil chegar onde estão agora. Tiveram de se unir, sonhar, trabalhar duro e impor-se como sempre. Um feito histórico. A perfeita equipa de cinco”, congratulou-se.

O técnico nacional, que foi adjunto do ex-selecionador português Ryszard Hoppe antes de assumir a equipa do Brasil no Rio2016, diz que o êxito dos seus pupilos lhe fazem lembrar o maior feito da história da canoagem nacional.

“O que me vem à cabeça com este êxito é que me faz lembrar Londres2012, a medalha de prata. Teve o mesmo sabor, sabendo o que foram as dificuldades deste ano. Peguei num barco de semifinal e o crescimento que tiveram neste ano muito intenso, com muito stress, muita preocupação. Soube muito bem este êxito, muito idêntico com 2012”, desabafou.

Para Tóquio2020 Rui Fernandes não encontra limites para a ambição dos seus pupilos, garantindo que depois da evolução nesta época “é possível sonhar com outra coisa”.

“Com medalha, por exemplo. E viu-se, pois a diferença é pequena. Tudo é possível”, concluiu.

Com mais esta vaga para Tóquio, Portugal assegura até ao momento cinco vagas, juntando-se a do K1 1000, garantida no sábado por Fernando Pimenta, medalha de bronze na final da prova, enquanto Teresa Portela deverá ter também conquistado uma sexta vaga, segundo as regras de atribuição, no K1 200, resultado que deverá ser homologado durante a próxima semana.