O ciclista australiano Rohan Dennis sagrou-se hoje campeão mundial de contrarrelógio de elite masculina nos Mundiais de estrada, a decorrer na cidade austríaca de Innsbruck, com o português Nelson Oliveira a ser quinto.
Dennis, de 28 anos, fez jus ao favoritismo, ao terminar com um tempo de 1:03.02 horas, batendo o segundo classificado e campeão de 2017, o holandês Tom Dumoulin, por 1.21,09 minutos, e o terceiro e campeão europeu, o belga Victor Campenaerts, por 1.21,62.
Oliveira, que no ano passado tinha sido quarto classificado, voltou desta feita a ficar próximo das medalhas, terminando a 2.14 do vencedor e a 53 segundos do ‘bronze’, ainda atrás do polaco Michal Kwiatkowski, que conseguiu o quarto lugar, ao ser 10 segundos mais rápido do que o luso.
Para Dennis, esta é a sétima vitória da temporada, todas elas em 'cronos', entre elas duas etapas na Volta a Espanha, que antecedeu os Mundiais, e uma na Volta a Itália, e a segunda medalha em Innsbruck, depois de ter sido terceiro com a BMC no contrarrelógio por equipas.
Os 52,5 quilómetros da prova, e especialmente a 'temida' subida de Gnadenwald, com 14% de inclinação, testaram os principais especialistas mundiais na especialidade, mas o australiano 'brilhou' à frente de Dumoulin e Campanaerts, sendo o único corredor com média acima dos 49 quilómetros por hora e demorando menos de dois minutos que todos os roladores que ficaram fora do pódio.
O ciclista da BMC é, assim, o segundo australiano a vencer o contrarrelógio de elite, depois de Michael Rogers, que triunfou por três vezes, em 2003, 2004 e 2005.
Dumoulin, por seu turno, saiu frustrado da defesa da camisola 'arco íris' conquistada em 2017, e voltou a ser segundo numa das grandes apostas da temporada: já tinha ocupado essa posição no final da Volta a Itália e, depois, na Volta a França.
Com o bronze, Campanaerts acabou por dar a primeira medalha ao seu país em contrarrelógios de Mundiais.
Se Kwiatkowski falhou nova medalha em campeonatos do mundo, depois se se sagrar campeão de fundo em 2014, para o português natural de Anadia o resultado foi um novo feito, ainda que uma posição abaixo de 2017, e o terceiro 'top 10' em Mundiais, depois de 2014, em que foi sétimo, e 2017.
Em 2009, Oliveira registou um segundo lugar no escalão de sub-23, falhando as medalhas por um lugar no ano seguinte, antes da transição para o escalão de elite, e voltou esta temporada a confirmar estar entre os melhores da especialidade, já depois de ter estado no 'top 10' de várias provas internacionais, por duas vezes na Volta a Espanha, uma na Volta à Suíça e uma outra na Volta ao Algarve.
O ciclista luso vai ainda participar na prova de fundo de elites, no domingo, a par do campeão mundial em 2013, Rui Costa, de Tiago Machado e do campeão português Rúben Guerreiro.
Notícia atualizada às 17h19
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