A Federação Portuguesa de Tiro considerou hoje que “ainda é prematuro" falar no adiamento de Tóquio2020, embora garanta apoio às decisões tomadas pelo Comité Olímpico de Portugal (COP).
"Apesar de não ter todas as informações para dar uma opinião sustentada, parece-me que ainda é prematuro falar num adiamento dos Jogos. Sendo o evento em agosto, e estando nós ainda em março, não sei se devemos já cancelar. Temos de ter calma", disse o presidente do organismo, José Marracho.
O líder da Federação de Tiro, que tem apurado o atleta João Paulo Azevedo, vincou que o organismo que dirige "tem apoiado todas as decisões do COP e do seu presidente José Constantino", mas considerou que "ainda há tempo" para se refletir sobre o eventual adiamento.
"Estamos dentro do prazo que o Comité Olímpico Internacional pediu para fazer uma reflexão sobre o assunto, e acho que devemos, com serenidade, deixar esse período terminar, porque tudo pode ainda acontecer", acrescentou José Marracho.
Sobre o panorama das competições de tiro em Portugal, o dirigente confirmou que "toda a atividade está, temporariamente, cancelada", reconhecendo que a situação cria "dificuldades a atletas e aos clubes".
"Cancelamos as provas todas, por tempo indeterminado, e estamos numa fase reativa, esperando que as medidas tomadas pelo Governo tenham os efeitos. É um inconveniente para os atletas que estão sem competir e também para os clubes que não estão a ter receitas para a sua atividade. Resta-nos esperar", confirmou José Marracho.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 341 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 15.100 morreram.
Em Portugal, há 23 mortes e 2.060 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde.
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