Um ‘dojo’ a céu aberto é a nova rotina do judoca internacional Rodrigo Lopes, que trocou em 2019 o Rio de Janeiro por Lisboa, vestiu as cores do Benfica e conquistou a oportunidade de representar Portugal.

“Tenho treinado ao ar livre, mantendo a distância, e cada um tem os seus materiais”, disse à Lusa o judoca de -60 kg, que continua a treinar na região de Lisboa com alguns dos seus companheiros no Benfica, mas agora fora de casa.

Numa primeira fase, o clube ‘encarnado’ e o treinador Jorge Gonçalves organizaram o trabalho dos judocas em conjunto, com Rodrigo Lopes, Anri Egutidze, Telma Monteiro ou Bárbara Timo, no mesmo espaço, mas atualmente cada um voltou a casa.

“Somos os mesmos, mas treinamos ao ar livre. Evitamos partilhar materiais, trabalhamos a parte cardiovascular, de força explosiva e de resistência”, explicou o judoca, referindo que os locais escolhidos para treino são a céu aberto e onde existam menos pessoas.

Quanto à próxima fase, depois de ter sido formalizado na segunda-feira o regresso do judo aos treinos, Rodrigo Lopes disse esperar indicações do treinador, mantendo o trabalho diário.

“Quero evitar algum ato precipitado”, acrescentou, explicando que quer seguir as orientações dadas.

No último ano, um quinto lugar no Grande Prémio de Brasília deu maior notoriedade ao judoca, que passou a integrar o Projeto Olímpico, e ainda procura uma vaga para os Jogos Olímpicos Tóquio2020, adiados para 2021.

Um apuramento daria também a Portugal a oportunidade de competir a nível de seleções, no que será uma estreia de uma competição por equipas em Jogos Olímpicos, com cada país a precisar de um mínimo de três femininos e três masculinos.

Após a declaração de pandemia, em 11 de março, as competições desportivas de quase todas as modalidades foram disputadas sem público, adiadas – Jogos Olímpicos Tóquio2020, Euro2020 e Copa América -, suspensas, nos casos dos campeonatos nacionais e provas internacionais, ou mesmo canceladas.