
Na próxima temporada de escalada ao Evereste, a subida aos 8848 metros de altitude da montanha mais alta do mundo vai contar com ajuda tecnológica. Um projeto piloto será testado a partir de abril, onde drones irão ajudar os sherpas a carregar material, até ao peso máximo de 15 quilos, montanha acima e montanha abaixo.
O projeto pretende reduzir para 15 minutos trajetos que costumam demorar sete horas a percorrer.
Os drones vão ajudar os sheras no transporte de material como escadas para fixar rotas de acesso ao cume e eliminar lixo que, por norma, é abandonado nas encostas das montanhas.
Reduzir o peso transportado pelos sherpas irá também ajuda-los na gestão da energia gasta na subida e na descida, reduzindo assim a probabilidade de acidentes.
De acordo com o 'New York Times', os operadores de drones de uma 'startup nepalesa, 'Airlift', estão há um ano a trabalhar com drones fornecidos pela chinesa DJI, nalgumas passagens mais difíceis da subida ao Evereste. A tecnologia poderá ser importante para ajudar a transportar garrafas de oxigénio, comida quente, entre outros bens.
O uso de drones é uma realidade na subida a Muztagh Ata, montanha da China com 7.546 metros de altitude, para transportar comida fresca e quente já pronta até ao acampamento II. Também foram usados no Ama Dablam (6.812 metros de altitude), outro pico dos Himalaias, para recolher lixo do acampamento I da montanha e transportado depois para o acampamento base, num trajeto de seis minutos. Se fosse feito a pé, demoraria seis horas ou mais.
Um dos entraves dessa tecnologia é o preço dos drones. Os que foram desenvolvidos pela DJI para suportar as baixas temperaturas e transportar muito peso podem custar até 70 mil euros.
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