A seleção espanhola conquistou este sábadi o 15.º Campeonato da Europa de Parapente, que se realizou pela primeira vez em Portugal, enquanto a equipa portuguesa alcançou o 15.º lugar.
O pódio da classificação geral foi completado pela seleção italiana, que terminou no segundo lugar, e pela equipa francesa, que era a atual campeã em título, após as oito mangas da prova internacional de parapente que decorreu entre 16 e 28 de julho em Montalegre, no distrito de Vila Real.
A nova campeã europeia de parapente liderou as três primeiras mangas, sendo ultrapassada pela seleção suíça, que ocupou o primeiro lugar durante três dias consecutivos, mas a formação de Espanha recuperou a liderança na penúltima etapa e segurou a vitória na derradeira manga.
O inglês Theo Warden foi o vencedor da geral masculina, seguido do alemão Torsten Siegel e do italiano Biagio Alberto Vitale.
A competição feminina foi conquistada por Seiko Fukuoka, de França, à frente da compatriota Meryl Delferriere, que fez o segundo lugar, e da suíça Yael Margelisch, que fechou o pódio.
Além do 15.º lugar no total de 28 seleções classificadas, a equipa da ‘casa’ teve o piloto José Rebelo como o representante mais alto na classificação masculina, ao terminar no 39.º lugar, em 150 pilotos.
Já Sílvia Ventura, a única portuguesa em prova, fez o 18º lugar na geral feminina, em 21 participantes.
Após um “mau arranque”, Portugal recuperou do 21.º lugar até à 15.ª posição, o que para o selecionador nacional, Luís Miguel Matos, resultou numa participação “bastante boa”.
“No início tivemos algumas classificações que nos comprometeram o resultado final, mas a recuperação foi bastante eficiente, com muitas boas prestações dos pilotos”, sublinhou.
O líder da seleção realçou ainda que o futuro da equipa portuguesa é “bastante positivo”, pois os novos pilotos confirmaram que irão ser “peças fundamentais nas próximas provas”.
A vitória da seleção de Espanha levou Luís Miguel Matos a comparar o Europeu de Parapente com o Mundial de Futebol de 2018, que decorreu na Rússia, considerando que “houve uma mudança de cadeiras nas nações habitualmente dominantes”.
“Tal como no futebol, no parapente há seleções como a de Espanha e Itália a conseguirem bons resultados e a retirarem da ribalta equipas tradicionalmente favoritas, como a França ou Alemanha”, explicou.
O facto de se terem realizado oito mangas em dez possível demonstrou ainda que o evento realizado na localidade de Trás-os-Montes "foi um sucesso”.
No total participaram 150 pilotos, em representação de 40 países, na segunda vez que Montalegre recebeu uma prova 'Categoria 1' da Federação Aeronáutica Internacional (FAI), depois de em 2003 ter sido palco do Mundial de parapente.
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