O canoísta Fernando Pimenta garantiu hoje que o estatuto de campeão não lhe vai pesar quando no sábado disputar a final de K1 1000 dos mundiais da Hungria, que apuram os cinco melhores para os Jogos Olímpicos.
“Zero. Zero mesmo, porque já levo o meu peso, o do caiaque e não quero levar mais peso. O objetivo é tentar descansar, recuperar para estar na melhor forma possível para lutar, pelo menos, pelo quinto lugar e chegar ao 'carimbo' que quero para Tóquio2020”, vincou.
Em declarações à agência Lusa, Pimenta, que chega à regata das medalhas com o melhor tempo entre os nove finalistas, recorda o “grande nível” da prova e salienta que “quatro grandes canoístas vão falhar os Jogos Olímpicos”.
“Acho que vai ser uma final muito, muito renhida. Daquelas que qualquer amante de desporto gosta de ver, não saber o resultado até aos derradeiros metros. Isso vai ser a parte mais engraçada”, regozija-se.
Rumo ao objetivo, bateu na sua meia-final o húngaro Balint Kopasz, que nos Jogos Europeus de Minsk, em junho, lhe negou o ouro nos 1.000 e 5.000 metros mesmo em cima da meta.
“É sempre importante ganhar uma semifinal, mas tenho de estar ciente de que este atleta é o futuro da canoagem, considerado quase um rei na Hungria, onde esta é a principal modalidade”, advertiu.
Ainda assim, realça o facto de “corpo e cabeça terem reagido muito bem”, quando nos metros finais foi ultrapassado por Kopasz, tendo o português ainda reagido a recuperado o primeiro posto, por cinco centésimos de segundo.
Mais do que as medalhas, a ideia é não falhar Tóquio2020: “É algo que nem posso pensar sequer. Objetivo é os cinco primeiros, pois quatro vão ficar fora. Neste momento recuperar o melhor possível. Decisivo será quem recupera e descansa melhor até à final.”
Os mundiais da Hungria reúnem o recorde de 102 países e certa de 1300 canoístas.
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