“O Fernando Pimenta já venceu um pouco de tudo. Falta a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos. E se tiver de abdicar dela nos próximos mundiais pela de Paris2024, podem levá-las. Porém, e como é óbvio, poder ganhar o campeonato do mundo e os Jogos Olímpicos seria o ideal. Sabemos das dificuldades, mas vamos passo a passo, com calma, agora é recuperar para [as finais de] sábado”, disse.

O limiano falava à Lusa depois de assegurar mais duas finais nos mundiais de Halifax, no Canadá, respetivamente em K1 500 e 1.000 metros – defende o ouro nesta distância mais longa -, as quais junta à do K2 500 misto com Teresa Portela e a de K1 5.000, nos quais é ‘vice’ mundial.

“Quatro finais já não é um feito para qualquer um. Só isso já é fantástico. Vamos dar o nosso melhor para tentar conquistar os melhores resultados”, vincou o atleta, que “nem com o ouro” se sente satisfeito, pois assume-se como um desportista “que quer sempre mais um pouco”

O canoísta de 32 anos não sabe se irá a algum dos pódios, contudo recordou que este é um “ano de experiências”, daí a “opção consciente” tomada com o treinador Hélio Lucas, para ter uma competição mais sobrecarregada de provas do que é habitual.

“Alguns atletas só fazem uma ou duas competições, vão estar menos fatigados. Mas isso não é desculpa. Este ano é para sair da zona de conforto. Já demos um bom passo no feito de estar em quatro finais”, ilustrou.

O medalha de bronze em Tóquio2020 em K1 1.000 – e de prata em K2 1.000 em Londres2012, com Emanuel Silva – contabiliza já 115 pódios internacionais, ainda um número insuficiente para a sua ambição.

“É ir continuando a sonhar. Criar objetivos a curto, médio e longo prazo. E ir trabalhando, seguir o caminho com meu treinador, na nossa calma e ritmo. Sabendo que temos de trabalhar todos os dias para procurar a perfeição, que nunca vai existir”, concluiu.

Pimenta disputa as finais de K1 500 e 1.000 metros no sábado e as de K2 500 misto e K1 5.000 no domingo.