Os canoístas João Ribeiro e Messias Baptista regozijaram com os apuramentos para duas finais dos mundiais do Canadá, prometendo “luta” nas regatas decisivas de K4 e K2 500 metros.

“O objetivo era passar para as duas finais, as do K4 e K2, o que foi conseguido. Era o objetivo e agora, na final, tudo pode acontecer”, sintetizou João Ribeiro, em declarações à Lusa.

O atleta olímpico falava no fim da regata do K2, na qual garantiram o êxito com um triunfo na sua série, a mais rápida, pelo que surgem na prova das medalhas com o melhor tempo.

“Somos bastante unidos e sabemos o valor do barco. Há sempre coisas a melhorar, nenhum barco é perfeito, embora a procuremos todos. A eliminatória não foi tão boa, mas ganhámos e agora fizemo-lo de novo, gerindo melhor a prova. A final será muito competitiva e todos os barcos vão entrar no espaço de um segundo”, completou.

Depois do ouro e bronze nas Taças do Mundo, Messias Baptista acredita que o K2 é candidato a voltar ao pódio: “Não podemos dizer que não, mas temos os pés bem assentes na terra. Esses resultados muito promissores motivaram-nos para o resto da preparação”.

“Quanto ao K4, igualar o sexto lugar do último mundial seria positivo. Estamos a melhorar prova a prova, que isso tenha continuidade na final”, desejou.

Teresa Portela revelou-se “obviamente triste” por ter falhado a final de K1 500 metros, lamentando a “má largada” que a fez ficar “muito para trás”, mais uma aspeto de “aprendizagem para os próximos anos”, quando o apuramento para Paris2024 será na próxima época.

“Nas finais de K1 200 metros e K2 500 mistos, com o Pimenta, vou tentar agarrar essas oportunidades para dar o meu melhor, procurando os melhores resultados, mesmo nas condições climatéricas adversas às minhas características. Quero é sair destes mundiais com a sensação do dever cumprido, tranquila com o que fiz”, completou.

Kevin Santos manifestou-se “muito satisfeito” por voltar à final mundial de K1 200, “embora ainda não com a prova perfeita, sinal de que ainda é possível melhorar”.

“Na quinta-feira falhei numas coisas e hoje noutras. Que na final possa estar tudo equilibrado para atingir um resultado que me satisfaça. Até ao quarto/quinto, será já um bom resultado. Mas o meu objetivo é olhar mais para cima”, disse o nono classificado em 2021.

Alex Santos considerou “expectável” o seu quinto lugar na canoagem adaptada, na classe VL1, que teve o mesmo pódio dos Jogos Paralímpicos Tóquio2020, nos quais o luso foi igualmente quinto.

“Felizmente, a minha empresa apoia a minha aposta no desporto, ajudando-me em tudo o que é possível, pelo que espero poder vir a encurtar as distâncias para os mais fortes”, disse o quarto classificado na única Taça do Mundo deste ano.

O vice-presidente da federação, Ricardo Machado, congratulou-se com o “dia quase perfeito” no qual em oito provas disputadas Portugal conseguiu seis apuramentos para as finais, uma para a final B e ainda um quinto lugar, de Alex Santos na canoagem adaptada KL1.

“Resumindo, de um total de nove embarcações em competição, temos oito entre os nove melhores barcos do mundo, algo que ao alcance de poucos países em termos de consistência, que não se vê em qualquer outra modalidade em Portugal”, concluiu.