A lutadora portuguesa Matilde Rodrigues reconheceu hoje que a diferença de experiência foi fundamental na final da categoria de -57 kg da prova de muaythai dos Jogos Europeus, perdida para a sueca Patricia Axling.

“Tenho 19 anos, é a primeira vez que venho a um campeonato que faço sem colete, sem proteções, e num escalão acima. Não é desculpa, mas a verdade é que é um nível de exigência diferente. Tentei dar o meu melhor, bater-me de igual para igual, mas a adversária era muito boa mesmo. Dou-lhe os parabéns. Dei o meu melhor, é o que conta”, disse.

Em Myslenice, a jovem lusa perdeu com a sueca Patricia Axling por 30-27, sinal de que a sua opositora foi mais bem pontuada nos três ‘rounds’.

“Comecei e senti-me muito bem no combate antes de ir para o corpo a corpo, agarrar e joelhos. A experiência conta muito e ela de facto aí é muito mais forte do que eu em termos físicos e conseguiu dominar-me completamente nessa parte. Em murros e pontapés, não senti tanto a diferença, apesar de a experiência contar. É mérito dela”, assumiu.

Matilde Rodrigues deixou a “garantia” de que nos próximos campeonatos vai estar “pronta” para que a “falta de experiência” hoje revelada não a volte a trair.

“[Ir ao pódio] É um sonho que nunca esteve tão perto. Conseguir é maravilhoso, gratificante. Tornar um sonho realidade. O desporto faz isso”, desabafou.

Rodrigues apelou aos portugueses para ficarem “atentos” e acompanharem “uma modalidade incrível que merece muito mais”, recordando que os internacionais lusos já foram medalhados em diversas provas internacionais: trinta minutos antes, tinha sido Gonçalo Noites a ser também prata em -71 kg.

Portugal soma até agora com 11 pódios em Cracóvia2023, nomeadamente três ouros, cinco pratas e três bronzes.

Garantida está também uma medalha para Marcos Freitas, hoje, na final do ténis de mesa, bem como para Miguel Frazão que vai discutir o título na espada (esgrima).

A terceira edição dos Jogos Europeus decorre até domingo em Cracóvia e na região polaca de Malopolska, com 30 modalidades no programa e 48 países participantes, entre eles Portugal, que tem uma delegação com mais de duas centenas de atletas