Os Jogos Europeus Universitários começam no domingo, em Coimbra, para 15 dias dedicados a 13 modalidades, com participação de mais de quatro mil atletas de 300 instituições de ensino superior europeias, entre eles meio milhar de competidores portugueses.
Na quarta edição dos Jogos, vão passar por Coimbra milhares de atletas e oficiais ligados a universidades e outras escolas de cerca de 40 países europeus, em disputa por títulos em 13 modalidades, com a canoagem como novidade em relação aos Jogos de 2016, disputados em Zagreb e Rijeka, na Croácia.
A canoagem “não tem tido presença contínua”, explicou à Lusa o secretário-geral do Comité Organizativo dos Jogos, Mário Santos, mas pode, neste contexto, ter “enorme potencial e dar oportunidade a muitos atletas”, e Coimbra conta com “alguns atletas de nível” no elenco para a prova, de um campeão olímpico em K4, o alemão Tom Liebscher, a vários atletas portugueses, de Francisca Laia a David Varela, deixando que o evento “comece a ter espaço no calendário internacional”.
Ao lado da canoagem e do remo, que serão disputadas no centro náutico de Montemor-o-Velho, também haverá torneios de andebol, badminton, basquetebol, futebol, futsal, judo, râguebi, ténis de mesa, ténis de mesa adaptado, ténis e voleibol, estas tendo como centro nevrálgico o Estádio Universitário de Coimbra e outros equipamentos desportivos da cidade.
O presidente da Federação Académica do Desporto Universitário (FADU), Daniel Monteiro, disse à Lusa que os resultados portugueses nos últimos anos têm sido “de elevada mais valia, quer a nível europeu como mundial”, e há modalidades, do futsal ao judo ou à canoagem, em que há “mais expectativas”.
“Estamos em crer que Portugal poderá ter várias medalhas”, apontou.
O maior destaque internacional vai para o alemão Tom Liebscher, que apresenta uma medalha de ouro olímpica, conquistada em K4 1.000 metros nos Jogos do Rio2016, e que se estreia em Jogos Universitários pela Universidade Técnica de Dresden.
Além do ouro olímpico, alcançado com Max Rendschmidt, Max Hoff e Marcus Gross, o atleta de 24 anos chega a Coimbra depois de dois títulos mundiais em 2017, em K1 1.000 metros e em K4 500, tendo um total de três ouros em Mundiais e duas medalhas de prata no seu currículo.
Na comitiva portuguesa, vários atletas apresentam currículo para se destacarem, como o futsalista Nilson, da Associação Académica da Universidade do Minho, que se sagrou campeão europeu por Portugal em 2017.
Na canoagem, Francisca Laia, da Associação Académica de Coimbra, é campeã mundial universitária, vencedora de várias etapas da Taça do Mundo e atleta olímpica, nos Jogos Rio2016.
Na mesma equipa, David Varela é vice-campeão mundial universitário, enquanto Bruno Carvalho é o número dois nacional de badminton, em Coimbra para representar a Universidade de Lisboa, e Bruno Araúj, da Associação Académica do Instituto Politécnico de Setúbal, representa Portugal em ténis de mesa adaptado.
A equipa de andebol masculino do Minho procura a 10.ª medalha em campeonatos europeus universitários, e o quinto ouro.
Na competição feminina, a equipa polaca da Universidade Vincent Pol falha os Jogos de Coimbra após oito finais consecutivas, sete conquistadas, abrindo espaço a novas campeãs.
Os Jogos, que têm sido considerados o maior evento multidesportivo realizado em Portugal, juntam mais de seis mil pessoas entre atletas, técnicos, árbitros e mais de um milhar de voluntários.
Coimbra sucede à cidade espanhola de Córdoba, em 2012, a holandesa Roterdão, em 2014, e Zagreb e Rijeka, na Croácia, em 2016, com Belgrado, capital da Sérvia, a receber a competição em 2020, já com 23 modalidades anunciadas.
A quarta edição, que decorre até 28 de julho e traz 13 desportos diferentes a Coimbra, é organizada por um comité que integra a Universidade de Coimbra, a FADU, a Associação Académica de Coimbra e a autarquia.
São esperados em Coimbra, de 15 a 28 de julho, cerca de 4.500 atletas – a sua maioria campeões nacionais universitários nas 13 modalidades em competição -, de 300 universidades de 40 países.
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